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Quem é Jad Tarif, o ex- Google que decretou o fim dos diplomas de medicina e direito

Engenheiro gosta de propagar a ideia de conexão entre humanos na era da IA

20 ago 2025 - 20h13
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Jad Tarifi chamou a atenção nesta semana depois de desaconselhar jovens a buscar especialização nas suas profissões,inclusive em áreas de prestígio, como medicina e direito. O motivo? Segundo ele, os diplomas perderam seu valor devido à inteligência artificial (IA).

Mas Tarifi não seguiu o próprio conselho no passado. Em 2012, ele concluiu um doutorado em IA na Universidade da Flórida. Logo depois, ele entrou no Google, onde trabalhou por quase uma década e fundou a primeira equipe de IA generativa da empresa.

Em Oxford, ele abordou as implicações econômicas e sociais de um futuro superinteligente
Em Oxford, ele abordou as implicações econômicas e sociais de um futuro superinteligente
Foto: INTEGRAL AI DIVULGAÇÃO / Estadão

Os diplomas avançados de Tarifi contrasta com seu passado nada glamuroso. Ele nasceu no Líbano durante a Guerra Civil (1975-1990). "Vi o potencial ilimitado no mundo do conhecimento e da arte", escreveu no Linkedin, "Mas senti a dura realidade ao meu redor".

Hoje, aos 42 anos, diz morar em Tóquio e São Francisco, na Califórnia, e é um cidadão libanês-americano.

Quando saiu da gigante de buscas, o engenheiro cofundou sua própria empresa, a Integral AI. Sua empreitada se descreve como uma plataforma que busca construir a infraestrutura para a inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês), uma tecnologia que em tese possui a capacidade humana de raciocínio.

No site da companhia, fica clara a visão otimista em relação à IA. "A superinteligência desbloqueia a capacidade latente da humanidade para a verdadeira liberdade", diz. "Isso permite que todos busquem o processo criativo de explorar e definir nossa realidade compartilhada, integrando nossas experiencias individuais com o universo".

O produto de maior destaque da Integral AI é o Genesis, uma plataforma que atua como "backend" na criação de agentes digitais capazes de interagir com o ambiente e trabalhar de forma autônoma.

"Permitimos que nossos modelos aprendam abstrações, garantam a confiabilidade de suas previsões e aprendam ativa e continuamente à medida que encontram novos dados e recebem mais recursos", diz o site.

Por mais que Tarifi cause desconforto em estudantes por causa de suas previsões, ele costuma participar de palestras e programas. Foi durante no programa Singularity.FM que o engenheiro revelou acreditar que "agora temos todos os ingredientes para a AGI".

Os outros assuntos abordados na ocasião, envolveram inspirações filosóficas para buscar aplicações práticas da AGI.

Em uma entrevista recente à um veículo japonês, Tarifi falou sobre a capacidade de IA operar robôs. Segundo ele, essa possiblidade sairá do papel caso a startup desenvolva um modelo que consiga lidar com tarefas mais variadas ao mesmo tempo.

"Nós moramos no Vale do Silício e trabalhamos no Google", disse Tarifi em referência à equipe que levou para a Integral AI. "Mas queríamos levar a IA não apenas para o mundo digital, e sim para o mundo real".

A escolha por uma sede no Japão levou em conta o histórico na pesquisa sobre robótica no país. "Descobrimos que o Japão lidera globalmente".

No entanto, o que colocou o engenheiro nas manchetes foi sua declaração sobre o suposto tempo "desperdiçado" para conseguir diplomas que perderam seu valor devido à IA.

Poucos meses antes da declaração, Tarifi já havia se posicionado a respeito do assunto durante uma palestra no Centro de Gestão Tecnológica de Stanford US-ASIA. Na ocasião, ele abordou as implicações econômicas e sociais de um futuro superinteligente.

O tema vai de encontro ao que o engenheiro disse ao site Business Insider. Na prática, ele disse que os próximos empregos serão conquistados mais na base do cultivo de perspectivas, consciência emocional e interação humana, por isso as credenciais estão desvalorizadas. "Encorajo os jovens a se concentraram em duas coisas: a arte de se conectar profundamente com os outros e o trabalho interno de se conectar consigo mesmos".

Estadão
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