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Pesquisadores descobrem ancestral dos mamíferos que viveu há 200 milhões de anos no Brasil

Descoberta foi publicada, nesta segunda-feira (29), na revista científica norte-americana The Anatomical Record.

30 jan 2024 - 13h50
(atualizado às 13h50)
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Cranio de Paratraversodon
Cranio de Paratraversodon
Foto: Divulgação/UFSM

Uma nova espécie de antepassado dos mamíferos que viveu há 200 milhões de anos foi descoberta no interior do Rio Grande do Sul. O cinodonte, elo entre mamíferos e répteis, viveu onde hoje está localizado o epicentro das descobertas paleontológicas do estado.

A descoberta foi publicada, nesta segunda-feira (29), na revista científica norte-americana The Anatomical Record.

Os pesquisadores afirmam que a espécie viveu entre 241 e 236 milhões de anos. Seu crânio foi encontrado em um terreno rochoso da cidade, em 2009, pelos paleontólogos Lúcio Roberto da Silva e Sérgio Cabreira. 

Durante este período, o fóssil ficou preservado em uma coleção científica até começar a ser estudado pela equipe do paleontólogo Leonardo Kerber, do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Universidade Federal de Santa Maria.

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O mais curioso é que o fóssil foi localizado na cidade chamada Dona Francisca, na região central do Rio Grande do Sul, e o município inspirou os pesquisadores a nomearem a espécie descoberta.

Comparado com diversos outros fósseis, nenhum outro apresentava características semelhantes ao cinodonte achado na cidade Dona Francisca. Com isso, a espécie foi batizada como "Paratraversodon franciscaensis", em homenagem ao local onde foi encontrada.

O estudo incluiu ainda a tomografia do espécime por meio de um microtomógrafo de alta resolução, proporcionando uma visão de estruturas anatômicas não visíveis externamente. Os resultados mostraram que o animal apresentava características únicas que não se alinhavam com nenhuma espécie conhecida de cinodonte.

Reconstrução artistica de Paratraversodon
Reconstrução artistica de Paratraversodon
Foto: Júlia D’Oliveira

Espécie

O animal era um herbívoro, do grupo dos Traversodontidae. O estudo revelou ainda que diferentemente dos mamíferos atuais, é provável que o fosse um animal ectotérmico, ou seja, tivesse “sangue frio”, assemelhando-se aos comportamentos térmicos observados em lagartos e crocodilos.

Naquela época, durante o Triássico, a maioria dos animais possuía esse tipo de metabolismo, já que as temperaturas eram muito mais elevadas do que as de hoje em dia.

Além disso, as evidências sugerem que esses animais não possuíam um corpo coberto por pelos, diferente das características típicas dos mamíferos modernos.

Fonte: Redação Byte
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