Parlamentares dos EUA pressionam Google e Apple para removerem aplicativos que rastreiam agentes de imigração
O Comitê de Segurança Interna da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos pediu ao Google e à Apple que detalhem medidas que estão tomando para excluírem aplicativos que permitem o rastreamento de agentes federais de imigração do país.
Em cartas enviadas na sexta-feira ao presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, e ao presidente da Apple, Tim Cook, os líderes do comitê destacaram o ICEBlock, um aplicativo usado anteriormente para monitorar os agentes do Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA.
Segundo os parlamentares, os aplicativos hospedados nas lojas de aplicativos correm o risco de "colocar em risco a segurança do pessoal do DHS". Os parlamentares solicitaram informações até 12 de dezembro.
As cartas pedem que Google e Apple garantam que esses aplicativos não possam ser usados para atingir agentes ou obstruir a aplicação da lei de imigração.
O comitê observou que, embora a liberdade de expressão seja protegida, ela não se estende a ações ilegais, fazendo referência a uma decisão histórica da Suprema Corte.
Google e Apple não comentaram o assunto ao serem questionados pela Reuters.
Em outubro, o Google disse que o ICEBlock nunca esteve disponível na Play Store e acrescentou que havia removido aplicativos semelhantes devido a violações de políticas da empresa. A Apple também removeu o ICEBlock e outros aplicativos de rastreamento da App Store na época.
As remoções ocorreram após um aumento nos downloads do ICEBlock, que tinha mais de 1 milhão de usuários antes de ser excluído das lojas de aplicativos.