O híbrido plug-in é o cavalo de Troia da China: olhamos para o carro elétrico e sua grande arma foi o motor de combustão
Os fabricantes chineses estão encontrando um espaço no mercado bem diferente do dos carros elétricos.
O prazo que a própria União Europeia havia estabelecido para decidir sobre as tarifas aos carros elétricos chineses estava prestes a se esgotar quando a Comissão Europeia confirmou sua ativação.
Como medida de negociação, foi indicado que os direitos compensatórios cobrados até então seriam devolvidos, mas o montante arrecadado desde 31 de outubro de 2024 não.
O motivo para a implementação dessas tarifas, segundo a União Europeia, estava no subsídio estatal que o governo chinês concede às suas empresas locais e às que produzem no país, incluindo montadoras ocidentais como Tesla, Volkswagen e BMW, que também se beneficiaram desses incentivos ou fabricam em parceria com empresas que os receberam.
Esse apoio permitia, segundo as estimativas europeias, que os fabricantes chineses colocassem no mercado carros elétricos a preços inferiores aos dos concorrentes europeus. Essa vantagem é considerada desleal, pois os preços reduzidos não seriam resultado de uma competitividade genuína, mas sim do impulso financeiro fornecido pelo governo chinês.
A Europa focou na tecnologia que deve liderar o setor automotivo no futuro. Com as medidas implementadas — como a proibição da venda de motores a combustão que não sejam neutros em carbono a partir de 2035 e os novos limites de emissões para 2030 e 2025 —, o interesse europeu tem sido garantir que os fabricantes chineses não conquistem agora uma fatia significativa do mercado que possa lhes dar uma vantagem competitiva antes da ...
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