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Netuno poderá ser visto no céu com telescópio ou binóculos

Fenômeno de oposição de Netuno acontece nesta sexta-feira (16) e poderá ser visto do Brasil; observador verá pequeno ponto azulado no céu

16 set 2022 - 05h00
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Fenômeno da oposição de Netuno permitirá que planeta azul seja visto do Brasil
Fenômeno da oposição de Netuno permitirá que planeta azul seja visto do Brasil
Foto: WikiImages / Pixabay

O calendário de eventos do céu de setembro está cheio. E o primeiro deles é a oposição de Netuno, que permitirá que o “planeta azul” seja visto da Terra, nesta sexta-feira (16), às 19h12, no Brasil e na Argentina. 

A oposição dos planetas ocorre quando há interação entre a Terra, o Sol e outro corpo celeste (como Netuno) e eles ficam em linha reta. Segundo a Nasa, normalmente essa situação coincide com o “perigeu” – quando ambos os corpos estão na menor distância em relação à Terra. É o o melhor momento para observar outros planetas a partir da Terra, pois eles parecem mais brilhantes.

Como assistir à oposição de Netuno

De acordo com entrevista do técnico de pesquisa e doutor em astrofísica do Instituto Nacional de Astrofísica, Óptica e Eletrônica (INAOE), Agustín Márquez Limón, a "National Geographic", o evento será visto mais claramente nos países do hemisfério Norte. Isso não impedirá que o fenômeno também seja acompanhado do hemisfério Sul.

Para localizar Netuno, deve-se consultar um mapa estelar e procurar o planeta na constelação de Aquário; será preciso um binóculo ou pequeno telescópio
Para localizar Netuno, deve-se consultar um mapa estelar e procurar o planeta na constelação de Aquário; será preciso um binóculo ou pequeno telescópio
Foto: Chil Vera / Pixabay

Para localizar Netuno, as pessoas devem consultar um mapa estelar e procurar o planeta na constelação de Aquário. Existem apps gratuitos que atuam como mapas estelares, como o Stellarium, que permite simular um planetário no computador e buscar astros e planetas. 

Para visualizar Netuno, será preciso um par de binóculos ou um telescópio, que não precisa ser grande. Infelizmente, o planeta não poderá ser visto a olho nu. O observador verá um pequeno ponto azulado, como se fosse uma estrela. A cor azul acontece por conta da composição química do planeta, feita principalmente de metano. 

A posição entre o Sol, a Terra e o terceiro corpo celeste envolvido (seja Netuno, Mercúrio ou outro planeta) é o que define o fenômeno que poderá ser visto
A posição entre o Sol, a Terra e o terceiro corpo celeste envolvido (seja Netuno, Mercúrio ou outro planeta) é o que define o fenômeno que poderá ser visto
Foto: Daniel Roberts / Pixabay

Outros eventos celestes do mês de setembro

Além da oposição de Netuno, um outro planeta também fará oposição neste mês: Júpiter. Esse fenômeno acontecerá no dia 26 de setembro e será visível às 16h25 no Brasil, Argentina e Colômbia.

Neste caso, a sugestão também é usar binóculos ou um pequeno telescópio, pois será possível ver as quatro luas galileanas de Júpiter:  Io, Europa, Ganímedes e Calisto, as mais brilhantes a circundar o planeta. 

Outro evento será Mercúrio em conjunção solar inferior. Em uma situação assim, o Sol fica entre a Terra e Mercúrio. Por ser uma conjunção solar, esse acontecimento poderá ser visto pela manhã, no dia 23 de setembro.

Deve-se ter cuidado na observação desse fenômeno, pois apontar um telescópio para o Sol pode danificar a visão. O ideal, nesse caso, é pegar um mapa estelar para localizar o planeta e, em seguida, olhar para o horizonte. Mercúrio é um ponto vermelho fixo na observação do céu — diferentemente das estrelas, que piscam.

Outro evento celeste ainda no mês de setembro é o do equinócio de setembro. Segundo a Nasa, ele é o momento em que o centro do Sol cruza a linha do Equador e brilha igualmente nos hemisférios Norte e Sul. Esse evento marca a mudança de estação, dando aos países do hemisfério Sul dias mais longos e quentes com a chegada da primavera, e anunciando o início do outono nos países do hemisfério Norte. A previsão é que ocorra no dia 23 de setembro, às 21h04 no Brasil e na Argentina.

Fonte: Redação Byte
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