Schmidt diz que espera passar mais 10 anos no Google
O futuro ex-presidente-executivo do Google Eric Schmidt afirmou nesta terça-feira que espera passar mais 10 anos na companhia. Na semana passada, ele anunciou que passará o comando executivo da empresa para o co-fundador do Google Larry Page.
Schmidt, que comandou o Google durante o acelerado crescimento da empresa, também afirmou que o grupo vai contratar milhares de pessoas este ano em resposta às acusações de que a empresa tem enfrentado dificuldades para reter talentos.
"Estou muito entusiasmado sobre minha próxima década no Google", afirmou o executivo durante uma conferência em Munique. A partir de abril, Schmidt vai se focar em negócios e relações governamentais quando assumir a posição de presidente do Conselho do Google. Ele afirmou à Reuters em 21 de janeiro, que sua saída foi decidida para acelerar o processo de tomada de decisão da companhia.
O executivo deve receber US$ 100 milhões em bonificação, o primeiro prêmio desde que ele ingressou no Google em 2001. O bônus inclui ações e opções de ações. Na semana passada, o Google divulgou resultado que superou em muito as expectativas do mercado.
Mas apesar da empresa ter dominado as buscas na Web, ela tem enfrentado dificuldades na área de redes sociais e passado por dura concorrência diante de novas empresas como Facebook e Twitter, que estão roubando tráfego de usuários e talentos de engenharia da empresa. "Nossa retenção (de profissionais) tem sido a mesma e ela tem sido exatamente a mesma por sete anos", disse Schmidt. "Vamos contratar muitos milhares de funcionários este ano."
Ele afirmou que em sua nova posição, poderá passar mais tempo lidando com assuntos governamentais e com a imagem pública do Google, entre outras questões. "Passamos por questões governamentais muito complicadas", afirmou o executivo, acrescentando, entretanto, que a posição do Google na China parece ser estável, após a renovação em junho passado da licença da companhia de operar no país.
O Google ameaçou sair da China depois de um grave incidente de invasão a seus sistemas, mas a companhia acabou chegando a um acordo com o governo e agora opera um serviço de escala menor. "Eu acho que está estável (...) Mas nunca se sabe. É possível para o governo da China fazer com que nós não trabalhemos."