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Internet

Google e Twitter se aliam para transmitir mensagens do Egito

1 fev 2011 - 00h18
(atualizado às 11h42)
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O Google anunciou nesta segunda-feira que desenvolveu uma ferramenta para que os cidadãos egípcios possam seguir tuitando, apesar de as autoridades do país terem interrompido a telefonia móvel e os serviços de internet.

A companhia colocou à disposição três telefones internacionais nos quais os usuários podem deixar uma mensagem de voz que o serviço instantaneamente tuitará com o tema #egypt.

Para a criação do projeto, o Google trabalhou durante o fim de semana junto a um grupo de engenheiros do Twitter e do SayNow, empresa que a gigante da tecnologia adquiriu recentemente. Com o sistema, não é preciso internet e os interessados podem escutar as mensagens chamando os mesmos números de telefone disponibilizados ou visitando a página twitter.com/speak2tweet, de qualquer ponto de mundo.

"Esperamos que isto de alguma maneira ajude o povo no Egito a permanecer conectado neste momento tão difícil", indicou a companhia.

As autoridades egípcias interromperam comunicação por telefonia móvel e internet nos últimos dias, além de tirar do ar os sites de dois periódicos independentes e de fechar a delegação da rede Al Jazeera no Cairo.

Egípcios desafiam governo Mubarak

A onda de protestos dos egípcios contra o governo do presidente Hosni Mubarak, iniciados no dia 25 de janeiro, tomou nova dimensão na última sexta-feira. O governo havia tentado impedir a mobilização popular cortando o sinal da internet no país, mas a medida não surtiu efeito. No início do dia, dois mil egípcios participaram de uma oração com o líder oposicionista Mohamad ElBaradei, que acabou sendo temporariamente detido e impedido de se manifestar.

Os protestos tomaram corpo, com dezenas de milhares de manifestantes saindo às ruas das principais cidades do país - Cairo, Alexandria e Suez. Mubarak enviou tanques às ruas e anunciou um toque de recolher, o qual acabou virtualmente ignorado pela população. Os confrontos com a polícia aumentaram, e a sede do governista Partido Nacional Democrático foi incendiada.

Já na madrugada de sábado (horário local), Mubarak fez um pronunciamento à nação no qual ele disse que não renunciaria, mas que um novo governo seria formado em busca de "reformas democráticas". Defendeu a repressão da polícia aos manifestantes e disse que existe uma linha muito tênue entre a liberdade e o caos. A declaração do líder egípcio foi seguida de um pronunciamento de Barack Obama, que pediu a Mubarak que fizesse valer sua promessa de democracia.

O governo encabeçado pelo premiê Ahmed Nazif confirmou sua renúncia na manhã de sábado. Passaram a fazer parte do novo governo o premiê Ahmed Shafiq, general que até então ocupava o cargo de Ministro de Aviação Civil, e o também general Omar Suleiman, que inaugura o cargo de vice-presidente do Egito - posto inexistente no país desde o início do governo de Mubarak, em 1981.

Mubarak, à revelia da pressão popular que persiste nas cidades egípcias, ainda não deu sinais de que irá renunciar. No domingo, o presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou a ampliação do toque de recolher, bem como o retorno da política antimotins para tentar conter as manifestações. E a a emissora Al Jazeera, que vinha cobrindo de perto os tumultos, foi impedida de funcionar.

Enquanto isso, a oposição segue se articulando em direção a um possível novo governo para o país. Em um dos momentos mais marcantes desde o início dos protestos, ElBaradei discursou na praça Tahrir e garantiu que "a mudança chegará" para o Egito. Já passam de 100 os mortos desde o início dos protestos, na última terça.



Começa greve geral no Egito:
EFE   
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