Facebook e Twitter marcaram o ano de 2009 na internet
O Twitter, impulsionado pelos smartphones, elevou seus 140 caracteres às alturas na internet neste ano que termina, enquanto o Facebook fez o MySpace quase desaparecer para se transformar na maior rede social online do mundo.
» Facebook e Twitter aceleram mudanças na mídia, diz estudo
» Eleições no Irã foi assunto mais discutido no Twitter em 2009
» Twitter é palavra mais popular da língua inglesa em 2009
"Estes são os grandes vencedores", disse Jason Keath, assessor de uma consultoria de redes sociais da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e fundador do site SocialFresh.com, que organiza conferências sobre o tema. "O Facebook praticamente triplicou de tamanho neste ano", enquanto o Twitter cresceu vertiginosamente. "No início do ano tinha entre dois e quatro milhões de usuários, e agora já são quase 40 milhões", acrescentou Keath.
Com 350 milhões de membros, "se o Facebook fosse um país seria a quarta nação mais povoada", disse o consultor de relações públicas especializado em redes sociais Scott Stanzel, ex-vice-secretário de imprensa do ex-presidente americano George W. Bush. O Twitter "estava ganhando popularidade, mas este ano realmente explodiu de uma forma extremamente penetrante", disse.
Supostamente, o Twitter rejeitou ofertas de compra por milhões de dólares do Google e do Facebook e sua influência como ferramenta de comunicação e informação foi demonstrada de diversas formas neste ano. Em junho, o Departamento de Estado dos Estados Unidos pediu ao Twitter para adiar uma suspensão prevista do serviço para manutenção, porque a rede estava sendo muito útil para manifestantes contrários aos controversos resultados das eleições presidenciais do Irã. Mais recentemente, o Google e a Microsoft passaram a inserir mensagens do Twitter nos resultados dos seus motores de buscas, uma nova característica descrita como uma busca em tempo real.
Além disso, a crescente adoção dos smartphones tem uma relação muito forte com o crescimento do Twitter, segundo indicou Jack Levin, co-fundador e chefe executivo da ImageShack, empresa que dirige o serviço yfrog.com de compartilhamento de imagens e vídeos no Twitter. "A explosão dos smartphones nos Estados Unidos e em muitos outros países estimulou a facilidade de comunicação entre as pessoas, e o Twitter certamente está por trás disso", disse. "As pessoas queriam se comunicar e o Twitter é uma verdadeira plataforma de comunicações", disse em relação a este serviço, que permite aos usuários enviarem mensagens de 140 caracteres e compartilhar vínculos na rede. "É um híbrido entre a mensagem instantânea e o email", definiu.
O serviço de Levin, o yfrog.com, é um dos milhares de aplicativos criados especialmente para o Twitter por desenvolvedores de softwares externos e que conseguiu crédito ao capitalizar a popularidade do serviço de micro-blogs.
O Facebook, que começou esta tendência de abrir para desenvolvedores externos para incorporar aplicativos divertidos, também finalmente percebeu o atrativo que possui a possibilidade de poder se conectar de qualquer lugar a qualquer momento. "O que eles fizeram e o MySpace não, é que realmente expandiram o alcance da sua rede", disse Keath. "O Facebook Connect é responsável por grande parte desse sucesso, pois gerencia o perfil do Facebook e permite conectar-se de qualquer lugar", como a partir de um smartphone, exemplificou.
O Facebook e o Twitter são populares principalmente porque "dão valor real às pessoas em suas vidas pessoais e profissionais", disse Stanzel. "É possível acompanhar a vida de centenas, talvez milhares, de pessoas apenas com uma conta no Facebook ou sendo ativo no Twitter", disse.
Keath também acredita que o crescimento do Twitter deve desacelerar em 2010, já que é inconcebível manter o mesmo ritmo de crescimento no número de usuários. Keath também suspeita que a empresa sediada em San Francisco irá buscar em 2010 tornar-se uma "ferramenta de marketing", visando conseguir formas de obter lucros.
Em relação ao Facebook, "parece altamente provável que irão lançar um portal a pagamento", ainda que isto lançaria um debate sobre o fato de ser comprometedor demais fornecer a redes sociais, além de tudo, também os dados do cartão de crédito.
