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Inteligência artificial no dia a dia: Como os modelos de IA estão mudando seu celular e computador?

Modelos mais avançados de IA agora funcionam localmente em smartphones e PCs, melhorando desempenho, segurança e privacidade

15 mai 2025 - 20h15
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Ferramentas de inteligência artificial (IA) já fazem parte do cotidiano digital de milhões de pessoas, integradas a celulares e computadores de forma quase invisível, mas cada vez mais poderosa. Com recursos que vão da otimização da bateria ao reconhecimento de padrões de uso, a IA está moldando uma nova era para os dispositivos pessoais.

A tecnologia avança tanto em software quanto em hardware: os aparelhos de ponta agora vêm equipados com chips especializados que executam tarefas complexas de IA sem precisar de conexão com a internet. "A IA que temos hoje é muito mais avançada e poderosa do que no passado", afirma Bruno Nunes, CEO da consultoria Base39 e especialista em tecnologia.

Confira dúvidas comuns sobre IA no dia a dia
Confira dúvidas comuns sobre IA no dia a dia
Foto: Marcelo Camargo/Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão

Veja a seguir as dúvidas mais comuns sobre IA:

Quais recursos de IA já existem nos celulares e PCs?

A presença da IA em celulares e computadores não é novidade, mas os avanços recentes vêm ampliando suas possibilidades. "A IA já faz parte do nosso dia a dia há alguns anos. Os smartphones já usavam IA para melhorar fotos, sugerir palavras enquanto digitamos ou entender comandos de voz", afirma Nunes.

Nos celulares, as aplicações mais visíveis estão nas câmeras, nos teclados inteligentes e nos assistentes virtuais, que interpretam comandos com cada vez mais precisão. O que mudou é a sofisticação dos modelos, que agora são capazes de "entender contextos mais complexos, traduzir idiomas em tempo real com mais precisão e fazer edições automáticas em fotos e vídeos com qualidade surpreendente", diz o especialista.

Já nos computadores, a IA ganhou força em áreas como produtividade e organização. "Ela está presente em ferramentas de segurança, organização de arquivos e em programas que ajudam na produtividade, como resumos de textos, sugestões de escrita e organização de tarefas", completa o CEO.

Como a IA melhora a performance e a segurança dos dispositivos?

Além de facilitar tarefas, a IA contribui diretamente para o desempenho e a proteção de smartphones e PCs. Segundo Nunes, a IA é capaz de aprender com o comportamento do usuário e ajustar o funcionamento do dispositivo para maior eficiência.

"Nos smartphones, a IA aprende como você usa o aparelho e faz ajustes automáticos para que ele funcione melhor. Um exemplo é o iPhone, que observa seus hábitos de carregamento e espera até perto da hora em que você costuma usar o aparelho para completar a carga total", explica. Isso ajuda a preservar a vida útil da bateria.

Na área de segurança, os benefícios vão além do reconhecimento facial. "A IA identifica comportamentos estranhos, tenta proteger contra golpes digitais e ajuda a melhorar o reconhecimento facial e digital. Também pode bloquear automaticamente o acesso de apps suspeitos à câmera ou ao microfone, por exemplo, aumentando sua proteção mesmo sem você perceber", afirma o especialista.

IA em smartphones: o que esperar nos próximos lançamentos?

O uso de IA nos smartphones é uma das maiores apostas das fabricantes para os próximos anos. Recursos mais inteligentes, assistentes contextuais e edições automáticas são parte do pacote. "Desde o ano passado, as principais marcas de celulares estão correndo para incluir cada vez mais IA nos aparelhos", observa Nunes.

Segundo ele, Apple, Samsung, Google e outras empresas vêm incorporando ferramentas de IA que permitem desde a edição automática de fotos e vídeos até assistentes de voz mais naturais e precisos. O grande diferencial dos novos modelos está no processamento local. "Uma grande novidade é que muitos desses recursos de IA estão sendo feitos diretamente no celular, sem precisar da internet", explica.

Esse movimento já se reflete em lançamentos concretos. A Apple, por exemplo, prepara o iOS 19 com um sistema de gerenciamento de energia baseado em IA, capaz de analisar os padrões de uso do usuário para ampliar a autonomia da bateria dos iPhones. O sistema poderá restringir o funcionamento de apps menos usados e informará o tempo estimado de carregamento na tela de bloqueio.

No ecossistema Android, o Google anunciou o Android 16 com um foco renovado em IA e segurança. A empresa está expandindo o uso do Gemini, seu sistema de IA, para celulares, relógios e até TVs. A versão "Gemini Live" permitirá interações por câmera em tempo real, sem exigir assinatura do plano Advanced. Já no WearOS 6, o assistente de IA poderá ser ativado por voz diretamente no relógio, lembrando o usuário de tarefas como o local onde deixou um objeto. A integração com o cotidiano se torna, assim, cada vez mais natural.

As implicações dessas mudanças são amplas. "Afinal, quanto menos dados pessoais saírem do aparelho, menor o risco de vazamentos ou uso indevido", afirma Nunes, ressaltando que o processamento local da IA favorece também a privacidade. Ainda assim, o avanço traz novos desafios. "A IA também pode ser usada para criar vídeos e imagens falsas. Por isso, as empresas estão desenvolvendo sistemas para evitar esse tipo de abuso e garantir mais segurança para os usuários."

Essa preocupação se reflete nas ferramentas de segurança dos próprios sistemas operacionais. O Android 16, por exemplo, incorpora um novo sistema de detecção de golpes com apoio da IA para identificar abordagens suspeitas em mensagens e ligações. O Key Verifier, outro recurso anunciado, permite verificar a autenticidade de contatos por mensagens criptografadas, ajudando a evitar tentativas de fraude em nome de amigos ou familiares.

O que é um chip com IA e como ele funciona?

Para que esses recursos mais avançados funcionem mesmo sem internet, as fabricantes têm investido em chips com IA integrada. Eles são responsáveis por processar tarefas de IA com mais eficiência. "Para que a IA funcione bem sem depender da internet, os celulares mais modernos estão vindo com chips especiais feitos só para isso", diz Nunes.

Esses chips são criados com componentes chamados de NPUs, sigla para Unidades de Processamento Neural. "Eles funcionam como 'mini cérebros' que cuidam apenas das tarefas de IA, como reconhecer imagens, entender voz ou melhorar fotos. Eles ajudam o celular a ser mais rápido, gastar menos bateria e funcionar com mais privacidade".

Grandes fabricantes já trabalham com soluções próprias. "Marcas como Apple (com o Neural Engine), Google (com o chip Tensor), Samsung (com chips Exynos) e Qualcomm (com o Snapdragon AI Engine) estão liderando essa inovação. Em resumo, esses chips são o que torna possível ter um celular cada vez mais inteligente, rápido e seguro".

Estadão
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