Há 10 anos, a China tinha apenas um porta-aviões; hoje, inaugura o maior e mais avançado do mundo
Com catapultas eletromagnéticas, o Fujian marca um antes e um depois na aviação naval chinesa
Há apenas uma década, a China exibiu com orgulho seu primeiro porta-aviões, o Liaoning. E, na realidade, nem era realmente próprio: Pequim havia comprado da Ucrânia o casco de um velho navio soviético inacabado e o remodelado para treinar tripulações. Era mais um experimento do que uma verdadeira ferramenta de poder naval.
Hoje, a Marinha Chinesa já conta com três porta-aviões em serviço e acaba de inaugurar o maior e mais avançado do mundo com propulsão convencional: o Fujian (Tipo 003). Esse colosso de mais de 80.000 toneladas incorpora tecnologias que até pouco tempo atrás eram exclusivas dos EUA, como as catapultas eletromagnéticas (EMALS) e os aviões de alerta antecipado de asa fixa, capazes de ampliar o alcance de seus radares e o controle do espaço aéreo.
De um casco soviético a um superporta-aviões próprio
O Fujian não é apenas o terceiro porta-aviões chinês: é o primeiro projetado e construído inteiramente no país. Com mais de 80.000 toneladas, supera de longe o Liaoning e o Shandong, que dependem de rampas para lançar aeronaves. A grande novidade são suas três catapultas eletromagnéticas (EMALS), capazes de impulsionar aeronaves pesadas em poucos segundos e com muito mais eficiência do que os sistemas convencionais.
Graças a elas, o Fujian pode operar não apenas caças de combate, mas também aeronaves especializadas como o KJ-600, um avião de alerta antecipado de asa fixa que multiplica o raio de vigilância da frota e permite coordenar ataques a longas ...
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