Loja online da Apple começa a vender termostato com Wi-Fi
30 mai2012 - 12h03
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Os rumores confirmaram-se verdadeiros: a Apple começou a vender o termostato com Wi-Fi da marca Nest em sua loja online, com preço de US$ 249,95, informou o site The Verge. É a segunda grande expansão da Nest no varejo nas últimas 24 horas, já que nesta terça-feira a companhia anunciou a disponibilidade no Canadá do termostato de nova geração.
Nest estará em pré-venda a partir do dia 25 de outubro
Foto: Divulgación
A Apple está oferecendo o produto nos Estados Unidos - mesmo que o termostato já esteja sendo comercializado no país vizinho, não está disponível na versão canadense da loja online da Apple.
Ainda que tal estratégia comercial pareça algo fora dos limites habituais da Apple, as duas empresas apresentam afinidade em diversos níveis. Ambas enfatizam o design aliado à usabilidade de seus produtos, e o criador da Nest, Tony Fadell, foi uma das mentes por trás do iPod e do conceito original do iPhone.
A integração do aplicativo mobile da Nest tanto para Android quanto para iOS também é peça chave da funcionalidade do sistema do termostato.
A Apple tem a fama de revolucionar e dominar os mercados em que entra. Computadores pessoais, tocadores de mídia, música digital, smartphones, tablets. O assunto da vez agora é a iTV, como vem sendo chamada, mas o Business Insider sugere que há outros segmentos de mercado com potencial para a empresa de Cupertino
Foto: AFP
Automóveis - Não, a Apple não vai lançar um coupé esportivo, mas pode redefinir a forma como veículos interagem com iPods, iPhones e iPads. "Acredito que carros inteligentes terão um dispositivo semelhante ao tablet, não um tablet em si, mas uma tela incorporada ao painel", opina o presidente da Creative Strategies ao Business Insider. Ele cita um "dock" para um tablet externo como possibilidade, mas aposta na fabricação de gadgets específicos para cada montadora
Foto: AFP
Os tablets, ou aparelhos semelhantes, com certeza vão começar a integrar automóveis, opina Bajarin, e se a Apple não se interessar por este mercado, seus concorrentes vão. "Do ponto da Apple, ela quer aumentar os espaços conectados ao seu ecossistema de produtos, e essa seria outra tela conectada a seu ecossistema - só que seria em um carro", sugere
Foto: Divulgação
Sistemas de saúde - Uma pesquisa da Manhattan Research com mais de 3 mil profissionais da saúde mostrou que 62% usam iPads para fins de trabalho, seja consultar informações sobre remédios, monitorar pacientes à distância ou como ferramenta de diagnóstico. Mais do que isso, a adoção foi da parte dos próprios profissionais, e não porque o hospital ou a clínica ofereceram o produto, o que indica que há um grande mercado para a Apple aí
Foto: Getty Images
As próprias instituições de agora saúde manifestam interesse pelo gadget. "Essas instituições estão felizes de começar a usar iPad, porque os médicos já estão familiarizados", explica Monique Levy, vice-presidente de pesquisa do Manhattan Research. Ela diz que há "uma pequena janela por onde a Apple pode entrar" antes que os rivais sejam procurados, e para passar por ela a Maçã precisaria adaptar o tablet para mais segurança de dados e o login de múltiplos usuários, sugere
Foto: Reuters
Jogos - A Apple já alterou o mercado de jogos com os aplicativos que seus aparelhos podem rodar, mas ainda não se preocupou em criar um videogame próprio, como Sony ou Microsoft. "Eles deixaram para os desenvolvedores e os consumidores (a tarefa de) moldar a experiência", aponta o analista da Electronic Entertainment Design and Research, Jesse Divnich, que não tem certeza sobre se Cupertino vai manter essa estratégia ou mudar de ideia em algum momento próximo
Foto: AFP
Se a Apple decidir entrar no segmento de videogames, o impacto será ainda mais significativo, avalia Divnich. "A lealdade (no mercado de games) está saindo da marca ou do produto para ser ao serviço, e a Apple obviamente fez um bom trabalho com seus serviços. As pessoas já sabem como usar e navegar no iTunes, e isso é com certeza muito poderoso", diz
Foto: AFP
Pagamentos móveis - Embora pareça improvável um "iBank", um relatório indica o sucesso que a fabricante de iPads e iPhones teria no mundo dos pagamentos via dispositivos móveis. O analista da JP Morgan Mark Moskowitz ressaltou no início de maio que os 250 milhões de cartões de créditos registrados pela Apple - e usados por clientes para a compra de apps, músicas e vídeos - poderiam suplantar os números do Google se Cupertino lançasse um sistema próprio de pagamento móvel
Foto: AFP
"Com essa plataforma (hipotética), nossa teoria é de que usuários da Apple poderiam, em última instância, comprar produtos e serviços usando a tecnologia NFC em iPhones e iPads e conectadas à conta na Apple", sugere Moskowitz em nota enviada ao Business Insider. Considerando outro relatório, do Aite Group, prevê uma indústria de pagamentos móveis de US$ 200 bilhões até 2015, é possível que a Apple dê o passo à frente, em vez de deixar o mercado todo para o Google