Como saber se seu celular foi clonado? Veja dicas e o que fazer
Problemas na linha telefônica, consumo anormal de dados e bloqueios inesperados podem indicar invasão
A combinação de falhas na linha telefônica e mudanças bruscas no comportamento do aparelho costuma ser o principal alerta para identificar se um celular foi clonado.
Nos últimos anos, golpes envolvendo clonagem de chips e aplicativos têm crescido, tornando mais frequente a interceptação de chamadas, o acesso indevido a contas e a instalação de softwares maliciosos. O problema costuma afetar especialmente usuários que realizam transações digitais ou dependem do aparelho para atividades profissionais.
Entender os sinais iniciais ajuda o usuário a agir de forma rápida, evitando prejuízos e recuperando o controle do aparelho. A seguir, veja os principais indícios e as formas de confirmar se um smartphone foi clonado.
Problemas na linha telefônica
Um dos primeiros sinais aparece na tentativa de fazer ou receber chamadas. Quando o aparelho passa a registrar ligações que caem com frequência, ruídos incomuns ou falhas repentinas para acessar a caixa postal, o usuário deve suspeitar de interferência externa. Essas falhas surgem porque, em alguns casos de clonagem, o invasor redireciona a linha para outro dispositivo, afetando a comunicação.
Outra evidência surge quando há registros de SMS ou chamadas que o usuário não reconhece. O histórico pode mostrar mensagens enviadas ou lidas sem autorização, indicando que alguém está utilizando a linha à distância; é comum também que operadoras enviem notificações sobre atividades incomuns.
Além disso, o aumento repentino no número de ligações de contatos desconhecidos também pode ser sinal de clonagem, porque, quando golpistas utilizam a linha do usuário para tentar aplicar fraudes em terceiros, normalmente estranhos retornam chamadas que ele nunca realizou.
Comportamento incomum do aparelho
Entre os indícios mais claros está o rápido consumo de bateria, isso porque há possibilidade de que um software malicioso esteja rodando em segundo plano, ativos o tempo todo, transmitindo dados ao invasor.
O superaquecimento frequente também merece atenção. Mesmo com aplicativos comuns e uso moderado, o celular pode ficar excessivamente quente quando há processos suspeitos em execução, e isso tende a ocorrer de forma constante, como se o aparelho estivesse trabalhando mais do que deveria.
Outro alerta é o alto consumo de dados móveis. Se o usuário percebe que o pacote de internet está sendo utilizado mais rápido que o normal, sem assistir vídeos ou usar serviços pesados, pode estar havendo envio silencioso de informações pessoais para terceiros.
O aparecimento de aplicativos desconhecidos, páginas com aparência alterada e pop-ups constantes também indicam possível clonagem, sugerindo que o aparelho foi modificado a distância, abrindo espaço para instalação de programas que o usuário nunca baixou.
Em casos mais graves, contas vinculadas ao aparelho, como Google ou Apple ID, podem ser bloqueadas de forma inesperada e esse tipo de bloqueio acontece quando alguém tenta acessar ou alterar informações sensíveis, e costuma ser um dos sinais mais preocupantes de invasão.
Como confirmar a clonagem
O primeiro passo para confirmar a clonagem é checar o IMEI, código único que identifica cada aparelho. O usuário pode encontrá-lo na caixa do aparelho ou digitando *#06# no teclado de telefone. Depois, basta consultar a situação do código no site da Anatel e, se houver irregularidade, o sistema vai indicar.
Também é possível usar códigos de verificação. Ao discar *#21#, o usuário pode conferir se há desvios de chamadas ou SMS ativados sem autorização e, caso encontre alguma transferência indevida, é possível desativar esses desvios imediatamente discando ##21#.
Outra medida é monitorar transações financeiras ligadas ao celular, já que entradas no extrato do banco ou notificações do Google Pay e Apple Pay que não foram feitas pelo usuário podem indicar acesso remoto a informações confidenciais.
Se vários desses sinais aparecerem ao mesmo tempo, a chance de clonagem é alta e, nesses casos, a recomendação que o usuário procure a operadora para restaurar a linha e registre um boletim de ocorrência para documentar a fraude.