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Como descartar lixo eletrônico? Confira!

Entenda os tipos de lixo, as normas e o que deve ser feito para descartar o lixo eletrônico sem causar impactos ambientais.

21 jun 2024 - 05h00
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Resumo
Entre as principais formas de descarte de lixo eletrônico recomendadas, estão: devolver o produto utilizado que será descartado à empresa fabricante ou lojista responsável pela venda do aparelho elétrico, ou eletro eletrônico, já que a lei obriga empresas a realizarem logística reversa de resíduos desses itens; levar os itens ou componentes que serão descartados a um ponto de coleta de lixo eletrônico, disponibilizado por prefeituras ou entidades diversas, entre outras maneiras.
Imagem de lixo eletrônico.
Imagem de lixo eletrônico.
Foto: Telesíntese

O lixo eletrônico e a falta de reciclagem são grandes problemas no Brasil e no mundo que trazem uma série de impactos ambientais. Por isso, é fundamental entender como descartar lixo eletrônico e o que fazer para diminuir a presença de componentes tóxicos na natureza ou em locais inadequados como aterros sanitários.

Um estudo de 2022 divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que, apenas em 2022, mais de 62 milhões de toneladas de lixo eletrônico foram geradas no mundo, sendo 2,4 milhões de toneladas produzidas por ano só no Brasil. O documento indica ainda que a geração desse tipo de lixo tem aumentado, a cada ano, em 2,6 milhões de toneladas.

O lixo eletrônico é uma modalidade de resíduo gerada a partir do descarte de diversos aparelhos eletrônicos que utilizamos no dia a dia, como computadores, notebooks, tablets, celulares, micro-ondas e outros dispositivos variados que são jogados fora de maneira indevida.

Também chamado de e-lixo ou de Resíduo de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE), o lixo eletrônico traz uma série de prejuízos para a vida humana e para o planeta. Não à toa, existem normas e leis que visam diminuir o impacto desses componentes para o meio ambiente e a redução da quantidade de lixo eletrônico gerada pela sociedade.

Quais são os tipos de lixo eletrônico?

O lixo eletrônico pode ser dividido em diferentes subcategorias, que estão relacionadas ao tipo de dispositivo elétrico ou eletrônico que foi descartado:

  • Linha branca: lixo derivado de equipamentos como fogões, geladeiras, micro-ondas e lavadoras, itens de grande porte e que estão em boa parte das residências;
  • Linha azul: está relacionada a eletrodomésticos menores, como batedeiras, ferros de passar, secadores de cabelo e liquidificadores;
  • Linha verde: lixo de dispositivos eletrônicos como celulares, notebooks, computadores, tablets, impressoras e fones de ouvido, bem como baterias e pilhas;
  • Linha marrom: itens eletroeletrônicos como televisores, home theaters, equipamentos de som ou mesmo DVD. 

Quais são as normas e leis sobre descarte de lixo eletrônico?

Uma das principais leis brasileiras relacionadas ao descarte de lixo eletrônico é a Lei n.º 12.305/2010, que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Com ela, ficou estabelecido que as empresas de eletroeletrônicos devem realizar o serviço de logística reversa, recebendo produtos descartados pelo consumidor para que deem destinação correta aos resíduos.

Além disso, existe a NR 38 (Norma Regulamentadora), que estabelece uma série de instruções sobre atividades relacionadas ao manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana, regulamentando a coleta, o transporte e a transferência de resíduos diversos até o destino.

Qual é o impacto do lixo eletrônico?

A geração desenfreada e descarte inadequado de lixo eletrônico trazem uma série de impactos para o meio ambiente e, também, riscos para a saúde humana. Isso ocorre principalmente porque os componentes usados no interior de eletrodomésticos e eletroeletrônicos possuem diferentes substâncias tóxicas.

O chumbo, presente em soldas eletrônicas e baterias, pode contaminar a água e causar problemas ao sistema nervoso. O mercúrio, substância que está em circuitos eletrônicos, também prejudica o sistema nervoso e pode atingir também o sistema renal. O cádmio, presente em baterias recarregáveis, também traz danos aos rins, além dos pulmões. 

Essas e outras substâncias, como os bifenilos policlorados presentes em eletrônicos e equipamentos elétricos, também poluem a natureza e podem contaminar e matar diversas espécies de plantas e animais. 

Como reduzir o lixo eletrônico?

Atualmente, são várias alternativas que contribuem para a redução do lixo eletrônico. Uma delas está relacionada à redução do consumo, ou seja, comprar apenas itens eletrônicos que são necessários ao dia a dia. Isso contribui para a redução de lixo eletrônico gerado após o uso ou danificação desses produtos elétricos e/ou eletrônicos.

Também é importante utilizar eletrodomésticos e eletroeletrônicos de acordo com as instruções das fabricantes, para aumentar a vida útil desses produtos e, consequentemente, evitar o descarte acelerado.

Por fim, o lixo eletrônico pode ser reduzido se as ações de descarte forem realizadas da maneira correta, sem que nenhum componente seja deixado em ambientes inapropriados, como terrenos baldios, lixões ou aterros sanitários. Também não é recomendado descartar nenhum item eletrônico juntamente com o lixo doméstico, com resíduos orgânicos ou recicláveis.

Como descartar lixo eletrônico corretamente?

Entre as principais formas de descarte de lixo eletrônico recomendadas, estão:

  • Devolver o produto utilizado que será descartado à empresa fabricante ou lojista responsável pela venda do aparelho elétrico, ou eletro eletrônico, já que a lei obriga empresas a realizarem logística reversa de resíduos desses itens;
  • Levar os itens ou componentes que serão descartados a um ponto de coleta de lixo eletrônico, disponibilizado por prefeituras ou entidades diversas. Existem, de acordo com o governo federal, ao menos 173 pontos de coleta de eletroeletrônicos no país;
  • Doar componentes eletrônicos ou equipamentos que não funcionam mais a projetos de universidades e ONGs que restauram dispositivos digitais ou que utilizam peças de aparelhos diversos em ações de assistência técnica ou mesmo robótica.

Vale lembrar que não é indicado desmontar nenhum eletrodoméstico ou eletroeletrônico antes do descarte adequado, já que o processo de desmonte deve ser feito por profissionais capacitados. Caso contrário, aumentam os riscos de contaminação com substâncias tóxicas presentes no lixo eletrônico.

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Fonte: Redação Terra
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