Os olhos azuis não possuem pigmento azul; então, por que os vemos dessa cor?
A explicação envolve o efeito Tyndall, um fenômeno similar ao responsável por vermos o céu azul
Muitos de nós aprendemos as primeiras lições de genética por meio das ervilhas e da cor dos olhos. Mas há mais ciência envolvida ao explicar a cor que nossos olhos adquirem. Nesse processo, não intervém apenas a física, mas também uma biologia um pouco mais complexa do que se pensava inicialmente.
A cor azul não é uma das mais frequentes na natureza. Talvez por isso chamem a atenção flores dessa cor, as plumagens de algumas aves e as asas de certos insetos.
Um motivo está na otimização de recursos. Os pigmentos azuis são moléculas que refletem a luz em determinados segmentos do espectro eletromagnético correspondentes aos tons de azul, dando assim cor a um objeto.
O problema dessas moléculas é que, geralmente, têm um tamanho grande. Isso as torna difíceis de serem sintetizadas pelos seres vivos, de modo que, se não oferecem uma vantagem evolutiva significativa, não serão produzidas pelo nosso corpo.
Por isso, quando vemos a cor azul na natureza, é provável que sua origem não esteja em um composto químico, mas em algum fenômeno físico. É o que ocorre, por exemplo, no caso da plumagem de algumas aves, cuja cor se deve a nanoestruturas que refletem a luz em comprimentos de onda curtos do espectro visível, correspondentes ao azul. E também é o caso dos olhos azuis.
Ausência de pigmentação
No caso dos olhos azuis, não se trata de nanoestruturas, mas da íris e do efeito Tyndall, um fenômeno similar ao responsável por vermos o céu azul (e os pores do sol vermelhos). É o que ...
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