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Destaque da NASA: bela "bolha" cósmica está na foto astronômica do dia

A foto destacada pela NASA hoje revela uma "bolha" cósmica conhecida como Nebulosa da Cabeça de Golfinho. Ela foi formada pelso ventos de uma estrela Wolf-Rayet

29 mar 2023 - 23h30
(atualizado em 30/3/2023 às 12h54)
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A Nebulosa da Cabeça de Golfinho está na foto destacada pela NASA no site Astronomy Picture of the Day nesta quarta-feira (29). Ela é catalogada como "Sh2-308" e foi formada por uma estrela do tipo Wolf-Rayet, classe conhecida por suas estrelas energéticas e dezenas de vezes mais massivas que o Sol.

Localizada a cerca de 5 mil anos-luz de nós em direção à constelação Canis Major, o Cão Maior, a Sh2-308 é uma nebulosa que acabou com este formato de bolha graças a EZ Canis Majoris, a estrela brilhante que aparece perto do centro da nebulosa.

Ela emite ventos estelares a alta velocidade que "empurram" consigo matéria de movimento mais lento, deixada após o fim de uma fase anterior do processo da evolução da estrela. A radiação emitida por ela, intensa e constante, faz com que a bolha se expanda cada vez mais.

Atualmente, as bordas da nebulosa estão separadas por cerca de 60 anos-luz. Na foto, há emissões de cor clara e difusa, que indicam o brilho dos átomos de oxigênio ionizados em tons de azul.

As estrelas do tipo Wolf-Rayet

As estrelas de Wolf-Rayet são conhecidas por seus processos evolutivos, que faz com que percam massa rapidamente. Normalmente, elas têm mais de 25 massas solares e têm vidas breves, o que as torna objetos raros. Os ventos delas são tão intensos que liberam cerca de 10 massas solares de matéria das estrelas a cada milhão de anos, viajando a mais de 3 mil km/s.

Os astrônomos acreditam que os ventos destas estrelas, como aquele responsável pela nebulosa da foto acima, são causados pela pressão da radiação. Elas têm temperaturas médias acima dos 249 mil ºC, e brilham tanto que a luminosidade delas pode chegar a milhões de vezes àquela do Sol.

Até o momento, há cerca de 220 estrelas do tipo conhecidas na Via Láctea, mas as estimativas apontam que, talvez, existam milhares delas, sendo que a maioria parece estar escondida por poeira.

Fonte: APOD

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