Após febre dos Studios Ghibli, trend da Turma da Mônica ganha forças nas redes sociais
Uso de Inteligência Artificial para produzir conteúdo com característica única pode levar a processo.
Após a atualização no fim de fevereiro que permitiu que o ChatGPT recebesse arquivos de fotos e trabalhasse com a geração de imagens, os usuários passaram a testar novidades e métodos diferentes de criação de conteúdos e artes com o auxílio da IA.
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Após a febre de transformar imagens em animações semelhantes às dos Studios Ghibli, uma nova onda passou a habitar as redes sociais: as tirinhas no estilo Turma da Mônica feitas com as IAs.
Os internautas se deliciaram com as inúmeras possibilidades e ainda com as falhas de cor, responsividade e lógica nas conversas geradas.
Porém, apesar de divertido e engraçado, a ação pode virar uma dor de cabeça para quem publica.
"Se o conteúdo for utilizado publicamente — em redes sociais, sites, campanhas publicitárias, ou até mesmo para venda de produtos — e for identificado como uma possível violação, o usuário pode ser alvo de ações judiciais", explicou Vanderlei Garcia Jr, sócio do VGJr Advogados e especialista em Propriedade Intelectual e IA, ao Terra.
Em caso de estilos clássicos e marcantes, a imagem pode ser entendida judicialmente como parte de uma identidade autoral e, nesses casos, configurar uma infração por violação de direito autoral, concorrência desleal ou uso indevido de marca.
"A MSP Estúdios acompanha atentamente os debates, tendências e casos reais sobre o uso da inteligência artificial. Seguimos comprometidos com a inovação tecnológica e artística do setor, explorando novas possibilidades, porém com responsabilidade e profundo respeito à arte, a sociedade e ao legado construído pelos artistas", disse a Maurício de Sousa Produções, detentora dos direitos da Turma.