A relação entre sono e Alzheimer em uma ação "simples": o nosso cérebro também precisa se limpar
O sono pode ajudar nossos cérebros a evitar o acúmulo de beta-amiloides, responsáveis pelas placas que causam o Alzheimer
Há muito tempo sabe-se que dormir é mais do que descansar; é uma necessidade vital, como comer ou respirar. A falta de sono pode ter consequências devastadoras em nosso estado físico, mas também em nosso estado mental. A grande questão para muitos cientistas é o porquê, uma questão que ainda não respondemos completamente, mas na qual fizemos progressos significativos.
Sono e demência
Uma linha de pesquisa que ganhou importância nos últimos anos tem sido o estudo do papel do sistema glinfático na relação entre o sono e o início da demência. A chave está no trabalho de "limpeza" que esse sistema realiza em nosso cérebro.
O sistema glinfático
O sistema glinfático pode ser visto em certos contextos como um análogo cerebral do sistema linfático. Esse sistema anatômico esquecido desempenha várias tarefas em nosso corpo, uma das quais é "retirar o lixo", limpar o acúmulo de resíduos gerados pelas células e eliminar substâncias nocivas que podem estar presentes em nossos tecidos.
O sistema linfático não se estende ao nosso cérebro, mas alguém precisa realizar essa importante tarefa no sistema nervoso central. Há alguns anos, começamos a entender quem e como. O problema é que ainda não conseguimos desvendar os aspectos mais importantes do chamado sistema glinfático.
Eliminação das placas
Esse esforço de limpeza pode estar ligado ao surgimento de doenças como o Alzheimer. Em um artigo recente no The Conversation, um grupo de pesquisadores da Universidade Macquarie, incluindo Julia Chapman, ...
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