A queda da Intel simboliza o fim de uma era: o modelo que dominou a tecnologia por 50 anos morreu
A Intel perdeu mais de um terço do seu valor nos últimos dez anos. Nesse período, a NVIDIA multiplicou seu valor por 240. Uma transformação brutal
Os números geralmente não mentem, especialmente no longo prazo. E as cifras da Intel na última década mostram um recuo histórico — o declínio alarmante de um gigante.
Em 2015, a capitalização de mercado da Intel era nove vezes maior que a da NVIDIA. Quase dez anos depois, a NVIDIA — primeira empresa da história a ultrapassar quatro trilhões de dólares em valor — vale 41 vezes mais que a Intel, que encolheu num período em que foi ultrapassada por muitas empresas que antes eram menores.
Essa mudança brutal simboliza uma nova era tecnológica:
- A ascensão da NVIDIA, primeiro pelas vendas de GPUs para mineração de criptomoedas e depois pelo uso no treinamento de modelos de IA.
- O declínio da Intel, devido à sua irrelevância na era móvel, ao crescimento de concorrentes em CPUs e à migração de Microsoft e Apple para a arquitetura ARM.
Texas Instruments, Qualcomm e AMD também ultrapassaram a Intel.
Em 2006, a Intel recusou fabricar chips para o iPhone porque considerava a Apple pequena demais. No mesmo ano, a Intel tentou comprar a NVIDIA por 20 bilhões de dólares, mas Jensen Huang recusou a oferta.
Hoje, é possível ver que essas decisões prejudicaram completamente a trajetória da Intel. No início do século, a companhia sempre figurava entre as 10 maiores empresas do mundo em capitalização de mercado e, agora, está perto de sair do top 200.
A ameaça
A recente e dura admissão do CEO da Intel, Lip-Bu Tan, de que a empresa nem sequer está mais entre as 10 maiores fabricantes...
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