A computação reversível promete algo que parece impossível: chips que recuperam energia durante a operação
A promessa da empresa Vaire Computing é oferecer chips 4.000 vezes mais eficientes que os atuais
Michael Frank trabalha há mais de três décadas em um ramo tecnológico que parece coisa de ficção científica. Uma área que aparentemente busca algo impossível. E, no entanto, talvez não seja. Qual é o objetivo?
Fazer com que um chip consiga recuperar energia.
Os chips sempre fizeram exatamente o oposto. Eles consomem energia. Muita. Cada vez mais, especialmente agora que estamos imersos na era da inteligência artificial, que consome muita energia.
No entanto, Frank está imerso no desenvolvimento da chamada "computação reversível". Como explicam no IEEE Spectrum, no ano passado, Frank deixou seu trabalho como engenheiro científico no Sandia National Laboratories para se juntar a uma startup muito especial chamada Vaire Computing.
É lá que ele pretende tornar realidade o que já estimou em seus estudos: de acordo com suas pesquisas, a computação reversível poderia permitir uma eficiência energética 4.000 vezes superior à das opções alternativas.
Na Vaire, Frank e sua equipe estão trabalhando em um protótipo de chip que será fabricado no primeiro trimestre de 2025 e que, por enquanto, é pouco ambicioso. Mesmo assim, espera-se que, pela primeira vez, um chip consiga recuperar energia ao ser usado em um circuito aritmético.
Depois, em 2027, eles esperam ter um processador supereficiente projetado para inferência de inteligência artificial. A versão avançada desse chip, que teoricamente será 4.000 vezes mais eficiente que os atuais, demorará entre 10 e 15 anos para chegar, ...
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