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7 verdades que você precisa saber sobre cannabis medicinal

O uso da cannabis medicinal tem conquistado cada vez mais espaço no Brasil. Muitas questões ainda pairam no ar. Veja todas as informações que você precisa saber

17 abr 2023 - 18h33
(atualizado às 22h09)
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O uso terapêutico da cannabis medicinal tem conquistado cada vez mais espaço no Brasil. Para se ter uma noção, a Anvisa já aprovou no mínimo 15 produtos à base de Cannabis. Entretanto, muitas questões ainda pairam no ar quando se coloca esse assunto em pauta. Existem algumas informações pertinentes, que podem ajudar a alcançar a compreensão acerca do uso dessa substância.

1. Cannabis e maconha é a mesma coisa?

Muitos se perguntam se cannabis é a mesma coisa que maconha. O que acontece é que o nome científico da substância em questão é Cannabis sativa L., então, sim, são a mesma coisa. Mas, para falar de aplicação terapêutica dos componentes extraídos da planta, o termo utilizado tem sido cannabis medicinal.

2. Existe diferença entre CBD e THC

A cannabis possui mais de 100 canabinoides já identificados e encontrados nas flores, folhas e caule da planta. Os mais conhecidos são o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD).

Segundo a médica da Clínica Gravital Amanda Medeiros, o THC é a substância responsável pelo efeito psicoativo, mas isso só acontece quando há uma grande concentração. No uso medicinal, o THC não é utilizado com esse objetivo, mas sim de oferecer relaxamento, aumento de apetite, alívio de dores, etc.

Foto: Roberto Valdivia/Unsplash / Canaltech

3. As leis brasileiras autorizam o uso da cannabis medicinal

A Anvisa autorizou o uso terapêutico de cannabis medicinal em maio de 2015, por meio da RDC 17/2015. Essa resolução permitiu ao paciente importar o produto mediante autorização expressa da Anvisa e receita médica.

4. Os óleos são a forma mais comum da cannabis medicinal

A composição do óleo pode variar de acordo com a concentração dos canabinoides, como, por exemplo: óleos com CBD isolado (puro), óleo rico em CBD com até 0,3% de THC, óleos balanceados com concentrações de metade de CBD e a outra metade de THC ou até mesmo óleos ricos em THC.

5. Todos os seres humanos têm um sistema endocanabinoide

Segundo o médico André Cavallini, endocanabinoides são neurotransmissores à base de gordura que o corpo produz, responsáveis por uma variedade de funções corporais, incluindo a modulação da inflamação, função do sistema imunológico e neurotransmissores.

"Os canabinoides encontrados na planta de cannabis, incluindo THC e CBD, podem ativar o sistema endocanabinoide no corpo e podem ajudar a resolver dores crônicas, enxaquecas, dores abdominais, inchaço e outros problemas", afirma o especialista.

Mesmo que nunca tenhamos tido contato algum com a planta, estudos mostram que temos um sistema responsável por regular o equilíbrio das funções do organismo, desempenhando funções como regulação de temperatura corporal, da fome e do sono, determinando nossos níveis de sensibilidade à dor e até desempenhando funções autoimunes e neuroprotetoras.

Atualmente, testes farmacogenéticos para o sistema endocanabinoide sugerem tratamentos alternativos que podem ser usados em diversas especialidades da medicina, como oncologia, psiquiatria, pediatria, neurologia e geriatria, trazendo mais segurança e precisão.

Nosso código genético também mostra se nosso sistema endocanabinoide encara os derivados da maconha como prejudiciais, e alguns testes podem avisar, de antemão, se temos predisposição a efeitos colaterais que impactariam negativamente um potencial tratamento com canabinoides, como óleo de CBD com baixas dosagens de THC. Anteriormente, o Canaltech conversou com o brasileiro Fabrício Pamplona, co-fundador da health tech Proprium, responsável por esses testes.

6. Cannabis medicinal possui menos efeitos colaterais

Em comparação às alopatias convencionais, a cannabis medicinal apresenta menos efeitos colaterais, além de não haver risco de overdose ou problemas hepáticos por sobrecarga do fígado. Os especialistas explicam que são produtos que contam com processos de testagem seguros, oferecendo uma solução economicamente mais viável e mais saudável do que produtos sintéticos.

7. Condições para tratar com cannabis medicinal

São diversas as condições passíveis de tratamento com cannabis medicinal: anorexia, ansiedade, autismo, câncer, náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia, dor crônica, depressão, distonia, epilepsia, síndromes intestinais, fibromialgia, enxaquecas, dores neuropáticas, dependência de opioides, cuidado paliativo, doenças, neurodegenerativas, polimialgia reumática, neuropatia pós-AVC, TEPT, radiculopatias, artrite reumatoide, espasticidade de condições neurológicas e tremores.

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