-1hr8o17iusilv.jpeg "A arte que vem dos terreiros.")
Vai acontecer neste sábado (3) a primeira edição da Feira Cultural e de Ancestralidade A Arte que Vem dos Terreiros, no Forte Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, conhecido como o Forte da Capoeira.
O evento que conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo (Setur), vai reunir gastronomia, artesanato, literatura, moda, música e muitos mais. Além da cultura, o evento pretende também fazer com que a moeda preta gire, uma vez que também haverá comercialização dos produtos desenvolvidos pelas casas de Axé.
De acordo com a assessoria de comunicação responsável pelo evento, toda estrutura disponibilizada para os expositores é para que eles comercializem seu produto, obtendo 100% do valor arrecadado durante toda a programação da Feira. Além disso, estarão recebendo um incentivo que vai servir de apoio para suas atividades, somados à um resultado final.
A partir das 15h os participantes poderão conhecer a arte produzida pelas comunidades dos Terreiros. Serão comercializados iguarias típicas, artesanato, cosméticos naturais, turbantes de seda, telas, esculturas, Panos da Costa, além de livros, roupas e até instrumentos musicais de origem africana.
A Feira que tem como seu objetivo principal enaltecer a rica cultura que existe dentro dos Terreiros de Candomblé, que se faz presente no dia a dia, preservando as tradições afro religiosas, estará aberta até às 22h30. Com isso, os participantes poderão aprender mais sobre uma cultura tão importante para o povo preto, além de estar contribuindo financeiramente através das compras dos produtos comercializados.
Os terreiros da periferia de Salvador que estarão compondo a feira e apresentando seus produtos são: Ilê Oba Lóke, Ilê Axé Ode Ominsile, Ilê Babá Abileré, Ilê Iborodé e Ile Axé Ode Omoponda Alade Ijexa. A Feira também contará com sobremesa, servidas por Ana Rita Ialorişa do Ile Aşè Opo Oyá Padá.
"É de extrema importância que tenha eventos como esse para que possa dar visibilidade e aos produtos realizados e confeccionados dentro do Terreiro. Toda e qualquer comunidade Afro Brasileira desenvolve algumas técnicas e artes que acabam ficando entre os muros do Terreiro. A exemplo da tecelagem, arte milenar que desenvolvo dentro do meu terreiro. E até hoje desenvolvo a tecelagem de Pano da Costa. Acho de suma importância ter eventos como esse para que possamos preencher espaços sociais, para que o povo conheça que é produzido dentro de cada Casa", conta Pai Dimas de Oxóssi.
