Muito além do Natal: como é a Lapônia, a terra gelada do Papai Noel

Região no extremo norte da Europa mistura lendas natalinas, povos ancestrais, renas, aurora boreal e invernos de congelar

25 dez 2025 - 04h59
Resumo
A Lapônia, localizada no extremo norte da Europa, é uma região histórica e cultural conhecida por seu clima gelado, aurora boreal, renas, tradições indígenas sámi e como a terra do Papai Noel, sendo também um destino turístico fascinante.
Papai Noel em trenó de renas, Ruka (Kuusamo), região norte da Ostrobótnia, Lapônia, Finlândia
Papai Noel em trenó de renas, Ruka (Kuusamo), região norte da Ostrobótnia, Lapônia, Finlândia
Foto: Roberto Moiola/Sysaworld/Getty Images

O Natal toma conta das vitrines, decorações e do imaginário coletivo.  A época transporta a nossa imaginação para um lugar com neve branquinha, casas iluminadas e trenós com renas — algo que parece um conto de fadas. No entanto, esse cenário é realidade na Lapônia, uma região real, habitada, diversa e cheia de curiosidades. Na prática, a terra do Papai Noel vai além do imaginário, e é um dos locais mais fascinantes (e gelados) do planeta.

A Lapônia não é um país, mas uma grande região histórica e cultural localizada no extremo norte da Europa. Seu território se espalha por quatro países: Finlândia, Suécia, Noruega e uma pequena parte da Rússia. Grande parte da área fica acima do Círculo Polar Ártico, o que explica tanto o frio intenso quanto um de seus fenômenos mais famosos, a aurora boreal, visível em várias épocas do ano, especialmente no inverno.

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Vista aérea noturna do parque de diversões Vila do Papai Noel e dos mercados de Natal em Rovaniemi, Lapônia, Finlândia
Foto: Roberto Moiola/Sysaworld/Getty Images

A paisagem é marcada por florestas de coníferas, montanhas cobertas de neve, lagos congelados e longos períodos de luz ou escuridão extrema. No verão, o sol praticamente não se põe; é o chamado “sol da meia-noite”. Já no inverno, há semanas em que o dia mal clareia. As temperaturas podem variar bastante, no verão, os termômetros chegam a 20°C, e no inverno, não é raro registrar -30°C ou até -40°C em algumas áreas.

Quem vive na Lapônia?

Vista aérea dos telhados nevados de casas vermelhas e da torre sineira sob um céu flamejante ao amanhecer, cidade da igreja de Gammelstad, Luleå, Suécia
Foto: Roberto Moiola/Sysaworld/Getty Images

Entre os habitantes da Lapônia estão os Sámi, povo indígena que vive na região há milhares de anos e mantém tradições ligadas à criação de renas, à pesca e ao artesanato. Além deles, há populações urbanas que vivem em cidades como Rovaniemi (Finlândia), Kiruna (Suécia) e Narvik (Noruega), combinando modos de vida modernos com uma forte relação com a natureza. No dia a dia, o inverno rigoroso exige roupas térmicas, casas bem isoladas e atividades ao ar livre adaptadas ao frio.

Renas em frente a casas típicas de madeira pintadas de vermelho, Fazenda de Renas Torassieppi, Torassieppi, Lapônia, Norte da Finlândia
Foto: James Strachan/Getty Images

A fauna local parece saída de um livro infantil --ou de um filme de Natal. Renas estão por toda parte e são um símbolo regional, mas não estão sozinhas. A Lapônia também abriga alces, ursos, lobos, linces, raposas-do-ártico e diversas espécies de aves. Em áreas de preservação, como parques nacionais e centros de conservação, esses animais vivem soltos em ambientes naturais.

Papai Noel

Papai Noel admirando escultura de gelo na região da Lapônia, com a aurora boreal ao fundo
Foto: Roberto Moiola/Sysaworld/Getty Images

E o Papai Noel? A associação da Lapônia com o bom velhinho começou a ganhar força no século 20, especialmente na Finlândia. Em 1927, um radialista finlandês afirmou em um programa de rádio que o Papai Noel morava na Lapônia, mais precisamente em uma montanha chamada Korvatunturi. A ideia pegou. Décadas depois, a cidade de Rovaniemi se consolidou como a “capital oficial” do Papai Noel, com direito a vila temática, escritório, correio e até uma linha imaginária marcando o Círculo Polar Ártico.

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Hoje, a lenda virou também um motor do turismo, mas sem apagar a identidade local. A Lapônia segue sendo um lugar de contrastes: ancestral e moderna, silenciosa e cheia de histórias, congelante e acolhedora.

Fonte: Portal Terra
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