Embora o acessório conhecido mundialmente leve o nome do país da América Central, o chapéu de "paja toquilla" é originário do Equador
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O chapéu do Panamá é feito a partir da palha toquillla, retirada de uma palmeira nativa do Equador; acessório é conhecido mundialmente
Foto: Juliana Rigotti
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Cuenca, no Equador, tem como uma de suas principais tradições a produção dos charmosos chapéus do Panamá
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A fábrica Homero Ortega, uma das mais representativas da cidade, abriga um museu chamado de La Magia del Sombrero
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No local, o turista tem a oportunidade de conhecer a história do chapéu do Panamá e sua importância cultural e econômica para o país
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O museu funciona desde 2008 e nele também é possível acompanhar o processo produtivo dos chapéus; a fábrica é fruto do trabalho de cinco gerações da família Ortega
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Com 40 anos de experiência no mercado de exportação, o produto da fábrica Homero Ortega chega a países dos cinco continentes
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Figura representa Homero Ortega na época em que os chapéus ainda ganhavam sua forma com o auxílio de um ferro a vapor
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Quanto mais fina a palha utilizada, mais caro é o chapéu; dependendo da qualidade da fibra, o valor de cada peça pode chegar aos US$ 3 mil, cerca de R$ 7 mil
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Embora o produto seja feito à mão, em Cuenca há 14 fábricas que recolhem os chapéus produzidos pelos moradores da região para que sejam finalizados
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Camponesa corta o excesso de fibras para vender os chapéus produzidos por sua família; foto registrada no povoado de Chordeleg, na província de Azuay
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Após serem selecionados pela fábrica, que recebe entre 100 e 180 famílias uma vez por semana, os chapéus passam pelo processo de branqueamento
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As peças são submergidas em tanques com produtos biodegradáveis à temperatura de 60°C
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É necessário que uma vez por dia os chapéus sejam virados dentro do tanque, para que fiquem com tom uniforme
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Cada tanque comporta 360 unidades que permanecem no recipiente por 12 dias
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Após essa etapa, o chapéu é lavado e seco ao sol, quando ganha um formato que lembra um sino
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Chapéus secam na fábrica Homero Ortega, em Cuenca
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Já na fase final, o chapéu é moldado em prensas a vapor, como a que aparece no lado direito da foto
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Cada fábrica de Cuenca tem sua própria prensa; os chapéus ficam na máquina entre 30 e 35 segundos para receber sua forma definitiva
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Chapéu pode ser feito em diversos formatos, dependendo da fôrma que é utilizada
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Parede na fábrica Homero Ortega reúne fotos de famosos que já usaram o chapéu do Panamá, como a cantora Jennifer Lopez, o ator Brad Pitt e o cantor Frank Sinatra, morto em 1998
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Os atores Ben Affleck e Johnny Depp também aderiram à moda do chapéu do Panamá
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Chapéus recolhidos dos artesãos são guardados em sala na fábrica Homero Ortega; o valor pago aos produtores varia de US$ 10 a US$ 800
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Os chapéus brancos com faixas pretas ou azul-marinhas são os mais tradicionais
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Também é possível que a palha seja tingida, para que as peças tenham colorações diferentes
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Além dos chapéus, bolsas também são feitas com a utilização da palha toquilla
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Na loja localizada na fábrica Homero Ortega, é possível encontrar chapéus com custo que varia de US$ 30 a US$ 3 mil
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Bonecas feitas de sobras de palha toquilla custam US$ 7, cerca de R$ 16
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Modelos femininos também são muito procurados pelos turistas que visitam as fábricas no Equador
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Os acessórios apresentam textura macia e flexível e despertam a vontade dos turistas em levar mais de uma unidade como recordação para casa
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As primeiras exportações se deram a partir de 1890 e, com a construção do canal do Panamá aumentaram expressivamente
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Foi a partir daí que o chapéu ficou conhecido mundialmente como chapéu do Panamá
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Assim se explica a confusão que envolve o nome da peça que se fosse levado em consideração seu local de origem deveria se chamar chapéu do Equador