De’Markus Page morreu de overdose quando tinha apenas 2 anos após receber uma dose dez vezes maior de potássio do que o necessário. O erro aconteceu após a família do menino levá-lo ao hospital, e o médico responsável pelo atendimento esquecer de colocar uma vírgula na receita, o que resultou na criança recebendo a medicação na quantidade errada.
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A morte do garoto aconteceu no dia 18 de março de 2024, mas a família de De’Markus só entrou com o processo contra o hospital UF Health Shands, na Flórida, sul dos Estados Unidos, no dia 6 de novembro, segundo à emissora de televisão local WCJB.
Segundo consta no processo, o garoto foi levado ao hospital pelos pais porque apresentava um choro persistente, diarreia e falta de apetite. Ele foi diagnosticado com rinovírus e enterovírus, geralmente responsáveis por causar doenças respiratórias e a gripe comum. Além disso, exames apontaram que os níveis de potássio no organismo do garoto estavam perigosamente baixos.
Para corrigir a baixa de potássio, o médico responsável pelo procedimento determinou que o garoto deveria receber uma dosagem de 1,5 mmol da substância, mas faltou uma vírgula na receita e De’Markus acabou recebendo 15 mmol, uma dosagem dez vezes maior do que a necessária.
Além de culpar o médico pelo erro, a família Page também argumenta que diversos outros profissionais do hospital foram displicentes e não notaram o erro, mesmo com o sistema da farmácia tendo emitido um alerta de que a dosagem era excessiva.
O processo argumenta que, por conta desses erros, De'Markus recebeu suas doses massivas de fosfato de potássio, o que fez com que os níveis de potássio no corpo do menino fossem de baixos para uma concentração fatal que fez com que ele tivesse uma parada cardíaca.
A família do garoto também afirma que os médicos do hospital que atenderam De'Markus após a parada cardíaca não lidaram com o caso da maneira correta, e o garoto ficou sem respirar por 20 minutos. Após isso, ele passou duas semanas vivendo por aparelhos e morreu ao ser desconectado dos aparelhos.
"Tem sido extremamente difícil desde a morte do meu filho porque, até esse dia, ainda não sabia o que tinha acontecido. Nunca me disseram. Quando eu perguntava, era sempre vago, me diziam que não sabiam. Ainda tenho pesadelos com o que aconteceu", disse Dominique Page, a mãe do garoto, em entrevista à WCJB.
Representantes do UF Health Shands disseram que não podem comentar um caso em andamento.