Madonna evita completamente a exposição ao sol para retardar o envelhecimento da pele, prática explicada por especialistas como benéfica contra o fotoenvelhecimento, mas que pode ter implicações dependendo das necessidades individuais de cada pessoa.
Os cuidados com a pele de Madonna se tornaram verdadeiras “lendas” da dermatologia ao longo dos anos. As particularidades da rotina da cantora foram reveladas por seu esteticista pessoal, em entrevista à revista W em 2017, e seguem repercutindo até hoje — incluindo tratamentos faciais com oxigênio, hidratação intensa e até a regra de nunca tomar sol.
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A recomendação de evitar completamente o sol é, sem dúvida, a que mais surpreende os fãs. De acordo com Paul Jarrod Frank, Madonna evita a exposição e, quando precisa sair ao ar livre, cobre-se da cabeça aos pés com lenços e chapéus, como registram fotos de paparazzi até hoje. Tudo para retardar o envelhecimento da pele.
Ao Terra, a dermatologista Natasha Crepaldi explica que o sol, especialmente quando a exposição é excessiva e sem proteção adequada, é um dos principais causadores do chamado fotoenvelhecimento — envelhecimento precoce provocado pela radiação ultravioleta.
“Esse processo leva à formação de rugas, manchas, flacidez e alteração da textura da pele. Estudos mostram que até 80% do envelhecimento cutâneo visível é causado pela radiação UV. Por isso, mesmo quem aprecia o sol ou depende dele para o bem-estar deve adotar medidas de proteção, como filtro solar, chapéus, roupas com proteção UV e evitar os horários de maior radiação”, destacou a especialista.
Apesar de parecer extremo, Crepaldi afirma que evitar totalmente o sol pode ou não trazer prejuízos à saúde. Tudo depende de como isso é compensado. “Se a pessoa optar por não se expor ao sol, mas mantiver níveis adequados de vitamina D por meio de suplementação oral ou injetável, como fazemos frequentemente na prática clínica, não há obrigatoriedade de se expor à radiação solar apenas por esse motivo”, diz.
No entanto, segundo ela, para algumas pessoas a exposição solar matinal exerce um papel importante no ciclo circadiano, na regulação do sono, do humor e da energia ao longo do dia. Nesses casos, o sol desempenha uma função biológica ainda difícil de substituir.
“Nesses casos, a luz solar, especialmente pela manhã, pode ser insubstituível para o equilíbrio emocional e metabólico. [...] Por isso, o ideal é sempre avaliar individualmente: o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra”, orienta.
A especialista reforça que o ideal é personalizar o cuidado. “É preciso compreender o estilo de vida, a rotina e os valores de cada paciente para propor a melhor abordagem, seja com ou sem exposição solar”, concluiu.