Jovem que pensava ter gripe precisa amputar as duas pernas após doença grave

Aos 20 anos, Levi Dewy teve um avanço de pneumonia, que levou à infecção generalizada

8 out 2025 - 08h58
(atualizado às 09h22)
Resumo
Jovem inglês Levi Dewy, com sintomas semelhantes a gripe, foi diagnosticado com sepse após desenvolver pneumonia grave, precisando amputar as pernas; agora ele e sua família promovem conscientização sobre a doença.
Levi Dewy tinha 20 anos quando foi diagnosticado com sepse e precisou amputar as pernas
Levi Dewy tinha 20 anos quando foi diagnosticado com sepse e precisou amputar as pernas
Foto: Reprodução/Gofundme

O jovem inglês Levi Dewy, de 20 anos, procurou atendimento médico por estar com sintomas de uma gripe, mas acabou descobrindo uma sepse, quadro muito mais grave, que levou à amputação de suas duas pernas. Amante do futebol, o rapaz usou sua história para espalhar conhecimento sobre a doença a outras pessoas. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

Levi precisou amputar as duas pernas poucos dias antes de completar 21 anos, em dezembro de 2022. Hoje com 23 anos, ele conta que acordou sentindo dor de garganta, dores no corpo e febre alta naquele dia — sintomas que podem parecer com uma gripe. 

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O quadro não melhorou com remédios para resfriado, e a mãe do jovem, Lara, o levou ao hospital. Momentos depois, ele entrou em choque séptico, sofrendo falência múltipla de órgãos no Hospital Royal Derby, na Inglaterra.

“Não sei se foi intuição de mãe, mas a respiração dele não estava normal”, contou Lara. “Ele tinha febre alta que não cedia, estava muito sonolento, sem apetite. Ele simplesmente não era o meu Levi”.

Ele foi diagnosticado com pneumonia pneumocócica — uma infecção bacteriana grave que pode causar pneumonia, meningite e sepse — e o transferiram para o Hospital Glenfield, em Leicester, onde foi colocado em coma induzido, uma solução encontrada pelos médicos para dar chance do corpo combater a infecção.

A sepse estava avançada, e por isso, as duas pernas de Levi precisaram ser amputadas na altura dos joelhos. A doença pode ser fatal, e é caracterizada pela reação exagerada do sistema imunológico, que começa a atacar os próprios tecidos dos órgãos.

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Os pais de Levi, Lara e Neil, foram informados de que ele tinha apenas 30% de chance de sobrevivência, enquanto ele piorava gradualmente. “Nunca vi nada parecido na vida. Eu achava que era algo que só afetava pessoas idosas, ou que se pegava por causa de um corte. Então, quando o vi no leito do hospital, com a pele manchada e as pernas azuladas, dava para ver onde a sepse havia tomado conta”, disse a mãe.

Apesar da pouca chance de sobreviver, Levi acordou do coma, “Quando acordei, o Natal já tinha passado. Era como se minha vida tivesse virado de cabeça para baixo”, contou. “Dependia da minha família para me contar o que tinha acontecido, estava tudo muito confuso. Foi muito difícil, porque eu quase morri, e sou muito grato por estar aqui, mas precisei aceitar que passaria o resto da minha vida sem as pernas”, afirmou o jovem.

Fã de futebol, ele ainda está aprendendo a lidar com sua nova realidade e rotina. “Sou muito sortudo por ter um apoio incrível e muito grato por estar vivo — mas ter pegado sepse mudou completamente a minha vida”.

Os pais de Levi agora fazem campanha para aumentar a conscientização sobre a doença, pedindo que jovens fiquem atentos e aprendam a reconhecer os sinais de alerta.

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“Aprendemos que a sepse afeta pessoas jovens de forma diferente das mais velhas. Nos mais velhos, como o sistema imunológico é mais vulnerável, é mais fácil perceber os sintomas. Mas, como Levi era saudável e tinha boa imunidade, o corpo dele mascarava os sinais até que não conseguisse mais lidar, e ele piorou rapidamente”, disse o pai, Neil.

Fonte: Portal Terra
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