Sintomas da hepatite misteriosa: diagnóstico ágil é fundamental para o tratamento

Descubra como identificar o problema e o que fazer em caso de suspeita. Hepatite misteriosa ainda tem origem desconhecida

26 mai 2022 - 12h41
Entenda a hepatite misteriosa
Entenda a hepatite misteriosa
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

A hepatite misteriosa, como o próprio nome já diz, ainda intriga a comunidade científica mundial e tem sua origem desconhecida. O problema é recente e existe a suspeita de que pode ter relação com o coronavírus e o adenovírus, já que a doença não é ocasionada por nenhum outro vírus conhecido da hepatite.

No Brasil, já temos mais de 60 casos suspeitos do problema. No mundo todo, esse número passa de 600. A hepatite misteriosa acomete, geralmente, as crianças com menos de cinco anos de idade. Por isso, é fundamental que os pais tenham atenção com os sintomas.

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Principais sintomas da hepatite misteriosa

A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido listou os sintomas observados nas crianças acometidas pela doença. Os pais devem prestar atenção nos seguintes alertas:

  • Febre;
  • Icterícia (pele amarelada);
  • Convulsões;
  • Perda de consciência;
  • Urina escura ou fezes claras;
  • Dores nas articulações e nos músculos;
  • Náuseas, vômitos ou dor abdominal;
  • Perda de apetite;
  • Prurido (coceira na pele sem razão aparente).

"Essa hepatite não tem muita diferença em relação às hepatites virais, a não ser pela gravidade. Tem necessitado mais tratamento, inclusive com o transplante dessas crianças, [que] tem sido mais frequente", aponta o Dr. Marcelo Otsuka, vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

A recomendação é que, ao detectar qualquer um desses sintomas da hepatite misteriosa, os pais procurem imediatamente por uma avaliação médica. De acordo com os especialistas, o problema não é motivo de pânico, mas necessita atenção e tratamento.

Vale lembrar também que, apesar da origem da condição ainda ser desconhecida, a hipótese de que seja algum tipo de efeito colateral provocado pelas vacinas contra Covid-19 já foi descartado. "É importante lembrar que nenhuma dessas crianças foi vacinada", destaca o infectologista ao afirmar que a doença desconhecida não tem relação com as vacinas - como declarou a OMS (Organização Mundial da Saúde) em nota.

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