A crescente incidência da dengue tem despertado a atenção para medidas preventivas eficazes, e muitas pessoas buscam alternativas naturais para se protegerem contra os mosquitos transmissores.
Nesse contexto, surge a dúvida sobre a eficácia dos repelentes naturais caseiros no combate aos insetos vetores da doença. O médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lucas Miranda, conta ao Terra que a prática não é recomendada.
O dermatologista explica que a eficácia pode não ser comprovada cientificamente e a concentração dos ingredientes ativos naturais pode variar significativamente.
O especialista diz que a maioria desses repelentes naturais são feitos a partir de óleos extraídos de plantas, como citronela, eucalipto, óleo de cravo e lavanda. Essas soluções caseiras normalmente combinam esses ingredientes sozinhos ou diluídos com álcool e podem acabar gerando dermatites ou outras reações dermatológicas.
“Todo e qualquer produto antes de ser desenvolvido é testado exatamente para evitar qualquer irritação na pele. O ideal é usar os produtos comprovados dermatologicamente que são comercializados em farmácias”, aconselha o dermatologista.
Para quem prefere ir pelos caminhos naturais de prevenção, o profissional indica difusores de ambiente para repelir mosquitos de um determinado espaço ou velas de citronela, úteis para ambientes externos, por ajudarem a criar uma área de proteção.
“É importante lembrar que a eficácia de repelentes testados e aprovados por órgãos reguladores é a forma mais confiável, especialmente em áreas com risco de doenças transmitidas por mosquitos”, ressalta o dermatologista.