A dengue pode afetar a coluna por conta da dor muscular generalizada que acompanha a doença, além da inflamação das articulações. O ortopedista indica hidratação, analgésicos, repouso e, se necessário, fisioterapia.
Conhecida por seus sintomas clássicos como febre alta, dores de cabeça, dores articulares, fraqueza e manchas vermelhas pelo corpo, a dengue também pode causar complicações menos propagadas e igualmente debilitantes, como problemas na coluna.
Em entrevista ao Terra Você, o médico ortopedista especialista em coluna vertebral e diretor do Núcleo de Ortopedia e Traumatologia de Belo Horizonte, Daniel Oliveira, explica que a dengue pode afetar a coluna por conta da dor muscular generalizada que acompanha a doença.
“A dengue frequentemente causa intensa dor muscular, que pode afetar inclusive os músculos que suportam a coluna. Essas dores podem ser percebidas diretamente na coluna devido à tensão e fadiga muscular”, diz o especialista.
Além disso, a inflamação das articulações, incluindo as articulações facetárias da coluna, causa dor e contribui para o desconforto na região. Um outro ponto destacado pelo médico é a desidratação do paciente, que pode enfraquecer os músculos que suportam a coluna, aumentando o risco de dor lombar.
Sintomas de dengue que podem ser confundidos com outras doenças
Complicações são temporárias
O médico explica que a dengue não causa complicações permanentes na coluna e as dores associadas à doença devem diminuir conforme a recuperação do paciente avança. Se a dor persistir posteriormente, é necessário procurar um especialista para saber o que está causando o incômodo.
Para aliviar as dores, o ortopedista indica uma boa hidratação, já que a desidratação pode exacerbar a dor na coluna. Ele também indica o uso de analgésicos para aliviar a febre e a dor, incluindo as dores musculares nas costas, evitando sempre medicamentos que possam aumentar o risco de sangramento, como os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), especialmente em casos de dengue grave, e repouso para a recuperação da função muscular e alívio da tensão na região.
“Quando a dor for persistente, pode ser interessante considerar também outros tipos de tratamentos, como a fisioterapia, por exemplo, segundo a prescrição médica”, conclui o profissional.
