Café com fragmentos de vidro e suplementos sem registro são proibidos pela Anvisa

Todos os lotes do café foram interditados

24 set 2025 - 11h52
(atualizado às 11h56)
Café da marca Câmara ´é suspenso pela Anvisa
Café da marca Câmara ´é suspenso pela Anvisa
Foto: Reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta semana, a suspensão da venda de três produtos no Brasil: os cafés torrado e moído Extraforte e Tradicional da marca Câmara, o suplemento Whey Isomix Definition da marca Proteus e todos os suplementos alimentares da empresa Axis Nutrition.

No caso do café, a Anvisa ordenou a apreensão de todos os lotes e proibiu a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e consumo do produto. A decisão foi motivada por denúncia da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do Rio de Janeiro, que constatou que a origem da mercadoria é desconhecida.

Publicidade

Um laudo do Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen/RJ) identificou ainda a presença de fragmentos semelhantes a vidro em um dos lotes analisados, o de número 160229. Segundo a Anvisa, todos os lotes estão interditados.

As embalagens do café citam como fabricantes as empresas Sociedade Abast do Com e da Ind de Panif Sacipan S/A e Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda., que, de acordo com o órgão, não são estabelecimentos regulares no país.

Whey protein fora do mercado e suplementos interditados

A agência também suspendeu a venda e determinou o recolhimento de todos os lotes do Whey Isomix Definition, da marca Proteus. O suplemento, fabricado pela Nutrimix A. Suplementos SLU, não possui respaldo legal.

Publicidade

De acordo com a Unlimited Alimentos e Suplementos SLU Ltda, verdadeira detentora da marca, a produção do produto foi encerrada no início de 2024. A empresa também esclareceu que não tem qualquer relação com a Nutrimix A. Suplementos SLU, citada nas embalagens ainda disponíveis no mercado.

Outra medida adotada pela Anvisa foi a suspensão integral da produção e da venda de suplementos alimentares fabricados pela Axis Nutrition Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. A decisão foi tomada após inspeção realizada entre 15 e 17 de setembro, que identificou falhas graves no processo produtivo.

Entre as irregularidades, a fiscalização apontou ausência de responsável técnico habilitado, falhas no controle de qualidade da água potável, registros de operações incompletos, fluxo de produção cruzado e deficiências no Programa de Controle de Alergênicos (PCAL). Também foram constatadas falhas na seleção de matérias-primas, falta de rastreabilidade dos insumos e ausência de testes de estabilidade nos produtos finais.

Simples Conteúdo
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se