O jejum intermitente ganhou popularidade como estratégia de emagrecimento, mas, segundo especialistas, seus efeitos podem ser muito diferentes em homens e mulheres. A médica nutróloga Dra. Karina Bianca Sinforoso explica que as mulheres têm necessidades metabólicas e hormonais específicas e, por isso, não devem copiar modelos de jejum ou dietas criados com base em estudos feitos majoritariamente com homens. Ela reforça a importância do café da manhã para as mulheres.
Por que as mulheres precisam de um café da manhã mais reforçado?
Segundo a médica, pular o café da manhã pode provocar um verdadeiro “caos hormonal” no organismo feminino. “Quando a mulher fica longos períodos em jejum, a glicemia despenca, o cortisol dispara e o metabolismo tende a ficar mais lento pelo resto do dia”, afirma.
Estudos já demonstraram que mulheres perdem mais peso e regulam melhor seus hormônios quando fazem um café da manhã maior, enquanto os homens costumam responder melhor ao consumo tardio das principais refeições. “Hormônios diferentes exigem estratégias diferentes”, ressalta Sinforoso.
Impactos do jejum intermitente na saúde feminina
A nutróloga alerta que o hábito de pular a primeira refeição pode trazer consequências sérias para a mulher:
Encolhimento dos ovários e redução da progesterona;
Alterações na tireoide, que prejudicam o metabolismo;
Queda da fertilidade;
A médica reforça que as mulheres precisam parar de modelar sua saúde com base nos homens. O corpo feminino funciona em outro ritmo, regido pelo ciclo hormonal médio de 28 dias, bem diferente das 24 horas que regulam o organismo masculino.
Como deve ser o café da manhã ideal?
Para a Dra. Karina, o segredo está no equilíbrio entre proteínas, carboidratos e gorduras boas. O café da manhã ideal para mulheres deveria conter, em média:
30 g de proteína
40 g de carboidratos
15 g de gordura saudável
Ela faz ainda uma recomendação: “Nada de café com estômago vazio”.
Segundo a médica, insistir em dietas iguais para gêneros diferentes é um erro que prejudica a saúde feminina.
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