Eles falam se teriam relacionamento sério com uma stripper

Homens ficaram divididos entre preconceito da sociedade e aceitação do strip-tease como uma atividade profissional como outra qualquer

16 jan 2014 - 17h06
(atualizado em 17/1/2014 às 11h21)
Entrevistados disseram que a sociedade ainda não sabe diferenciar stripper de prostituta
Entrevistados disseram que a sociedade ainda não sabe diferenciar stripper de prostituta
Foto: Getty Images

A BBB Clara Aguilar causou mais polêmica antes de entrar na casa do reality show do que nos primeiros dias do programa. O motivo foi a descoberta da profissão da paulistana de 25 anos: Clara é stripper. Sim, ela tira a roupa para sobreviver, mas não necessariamente mantém relações sexuais por dinheiro. Clara é casada e mãe de um menino de um ano. Assim como ela, outras strippers virtuais mantêm uma vida familiar saudável com direito a tudo que profissionais de outros ramos têm. Por mais que a exposição física da própria mulher possa ferir o ego e masculinidade de alguns homens, segundo os entrevistados pelo Terra, nem todos pensam assim e não veem problemas em manter relacionamento sério com uma stripper.

“Acredito que é uma profissão como qualquer outra”, afirmou Thales. Para Guido, a parceira ganhar a vida com strip-tease não seria um empecilho para namorar , “desde que ela provasse não ser prostituta”. “Caso fosse, teria que repensar a relação”, acrescentou. Segundo ele, a relação afetiva não depende da profissão. José lembrou ainda que muitos homens sonham em ter alguma espécie de relacionamento erótico, então, não faria sentido ver problemas em namorar uma stripper. É o que opinou também Felipe: “eu acho que seria até um atrativo a mais para a relação”. O único requisito, disse Ulisses, seria a confiança entre o casal.

Publicidade

Apesar da opinião, eles sabem que, além de vê-las como objeto de desejo, “de um modo geral, os homens pensam que strippers são promíscuas”, disse Thales. Guido ainda citou a confusão entre dançar e transar por dinheiro, mas há uma diferença entre olhar e tocar, complementou Thales. “Existe preconceito em tudo”, comentou. José disse que é bastante comum a taxação de prostituta para strippers, “se a mulher já é discriminada na sociedade, como no trânsito e compras, imagina quando o assunto é sensualidade. Muito homem vê a mulher como objeto”, afirmou. “É aquela história: mulher que pega todos é biscate, homem é garanhão”, comentou Felipe. “Só que strip-tease está muito mais relacionado com dança do que com qualquer outra coisa”, acrescentou.

Junior disse que a maioria dos homens acredita que, se pagar uma stripper, vai fazer sexo com ela. “Os homens gostariam que a companheira realizasse essa fantasia de dançar e se despir somente para ele, exclusivamente”, afirmou Junior. E ele está nessa lista, por isso, não namoraria uma stripper: “não gostaria de ver minha namorada se expondo para estranhos”. Breno acredita que na teoria é fácil distinguir a stripper da garota de programa, mas não na prática. “Não namoraria porque elas são muito assediadas durante e depois do show e haveria grande preconceito da família e amigos em relação a ela”, disse ele.

Minha namorada é stripper

Publicidade

Por conta do preconceito social, não é raro a stripper omitir a profissão para amigos e até mesmo para pretendentes. No entanto, para os que aceitariam a condição, a mentira seria bastante grave. Breno afirmou que se a própria mulher mentiu sobre a profissão é porque sente vergonha do que faz. “Se eu estou com a pessoa e ela esconde isso de mim, eu termino, porque não teve confiança para me contar”, disse Ulisses.

O primeiro questionamento de José seria sobre o motivo da mentira. “Vejo minha namorara como uma parceira, alguém para confidenciar e ouvir receios. Afetos e apegos do cotidiano. Esconder isso jogaria tudo isso para o ralo”, explicou. Já Thales disse que tentaria entender o motivo para guardar a profissão em segredo do próprio namorado. Guido seguiria passos parecidos: “conversaria procurando entender se a profissão estava a fazendo feliz. Caso sim tentaria compreender, aceitar e incentivar. Do contrário, ajudaria ela no que fosse necessário”, contou Guido.

*Os nomes dos entrevistados foram trocados para preservar a identidade real das fontes.

Fonte: Terra
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações