Seis petroleiras pedem nova política sobre preços do carbono

1 jun 2015 - 09h57

Seis companhias petrolíferas e de gás convocaram nesta segunda-feira os Estados a estabelecerem uma política prática e realista para a tarifação do carbono, com os olhares voltados para a conferência sobre o clima de Paris de dezembro (COP21).

Nesta iniciativa sem precedentes, segundo um comunicado conjunto, BG Group, BP, Eni, Royal Dutch Shell, Statoil e Total lançam "um apelo aos Estados de todo o mundo, assim como à Convenção Marco das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CCNUCC), para que instaurem mecanismos de tarifação do carbono".

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Os seis grupos pedem aos Estados que "criem marcos reguladores transparentes, estáveis e ambiciosos" para harmonizar os diferentes mecanismos nacionais a fim de minimizar "incertezas e promover mecanismos mais eficazes economicamente para reduzir a emissão de carbono em todo o mundo".

Além disso, enviaram um e-mail conjunto à secretária-executiva da CCNUCC, a costarriquenha Christiana Figueres, e ao presidente da COP21, o chanceler francês Laurent Fabius.

"Nosso setor enfrenta uma equação complexa: responder a uma demanda crescente de energia menos emissora de CO2", lembram.

"Temos a firme convicção de que um preço de carbono permitirá afastar opções mais emissoras (de gases poluentes) e fornecer a visibilidade necessária para potencializar os investimentos nas tecnologias redutoras de carbono e nos recursos mais pertinentes a um ritmo adequado", dizem os diretores das seis companhias em seu comunicado.

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"É necessário que os Estados do mundo inteiro estabeleçam um marco e estamos convencidos de que nossa participação pode ser preciosa para definir uma linha para a tarifação do carbono prática e realista", acrescentam.

No dia 21 de maio, líderes de empresas internacionais pediram em Paris a introdução de uma taxa carbono que faça os mais poluentes pagarem.

A Europa, entre outras regiões e países, já tem um sistema de intercâmbio de quotas de emissões de CO2, embora bastante ineficaz, já que desde a crise há um excedente de cotas e o preço do carbono afundou.

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