Uma marca de São Paulo (SP) acaba de lançar uma coleção de tapetes modulares a partir de material reciclado. O produto, que cabe em uma caixa de cerca de 50 centímetros, promete levar sustentabilidade para a decoração de casa.
"Há uns cinco anos, a Ângela Leal [fundadora da empresa], teve a ideia e o desejo de fazer algo modular", conta Iury Simões, designer que entrou na Tapetah há mais de um ano e, desde então, vinha incentivando a chefe a tirar a ideia do papel.
"A cada metro quadrado, se usa 44 garrafas PET. O plástico passa por todo um tratamento e esse trabalho o transforma em fibra, como se fosse uma lã", explica.
A empresa que fornece o material trabalha em parceria com cooperativas de reciclagem, faz a triagem, a limpeza e o processamento do plástico, até que se torne uma espécie de feltro e chegue às mãos da Tapetah, para virar tapete.
O que chamou a atenção dos designers da marca é que a fibra criada a partir do PET, além de evitar que garrafas parem no meio ambiente, também é muito resistente e leve. "Um tapete de três por dois metros tem apenas seis quilos", diz Iury.
As placas costumam ter 50 por 50 centímetros e contam com diferentes desenhos, que permitem mais muitas possibilidades de combinações. "A Ângela queria que tivesse uma interação familiar na hora de montar o tapete, que quem comprasse tivesse mil possibilidades", comenta Iury. Segundo o designer, é possível montar um tapete de três por dois metros, que tem 24 módulos, de 1.080 maneiras. "Isso só com um um tipo de módulo. Se tiver mais módulos, esse número se multiplica".
Outra proposta que vai de encontro com a sustentabilidade é que esses tapetes, por serem modulares, também são dobráveis e cabem em uma caixa leve e relativamente pequena. Isso facilita o transporte e diminui o volume de armazenamento, o que contribui para a redução de gases do efeito estufa.