Lula diz que mundo precisa contribuir em vez de só 'pedir para deixar a floresta em pé'

Em visita a comunidade no Tapajós às vésperas da COP-30, petista defende investimentos na Amazônia

2 nov 2025 - 18h36
(atualizado às 18h52)
Resumo
Lula defendeu, em visita à Amazônia, que o mundo deve investir na região para preservá-la e que a COP-30 é uma oportunidade de destacar os compromissos brasileiros com o meio ambiente, enquanto Marina Silva enfatizou avanços na redução do desmatamento e a importância da bioeconomia.
O presidente Lula durante visita à Aldeia Vista Alegre do Capixauã. Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.
O presidente Lula durante visita à Aldeia Vista Alegre do Capixauã. Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse há pouco que, às vésperas da Conferência do Clima das Nações Unidos (COP30), o mundo está voltando os olhares para a Amazônia, mas precisa dar sua contribuição.

"A gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que deve olhar a Amazônia. Não é só pedir para a gente manter a Floresta em pé. É preciso pedir para a gente manter a floresta em pé e para ela ficar em pé nós temos que dar sustentação econômica, educacional, de saúde para as pessoas que tomam conta dessa floresta em pé", disse, em vista à Comunidade Jamaraquá, na Floresta Nacional do Tapajós.

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Lula defendeu que é "obrigação" dar as condições para as pessoas que moram na região tomarem conta da floresta. "A COP é esse momento extraordinário em que o mundo vai conhecer não apenas a Amazônia, mas vai conhecer o povo da Amazônia para ver que povo maravilhoso, que povo extraordinário", completou.

Na sequência, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a bioeconomia, o extrativismo e o artesanato na região como alternativas à exploração dos recursos naturais da região. Marina lembrou do compromisso assumido pelo governo de zerar desmatamento até 2030. "A gente já reduziu em dois anos em 50% o desmatamento na Amazônia, 32% no país inteiro Os incêndios até agora foram uma redução de 50% no País inteiro, mais de 80% na Amazônia, 90% no Pantanal, 48% no Cerrado".

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Marina terminou agradecendo a Lula pela terceira vez como ministra do Meio Ambiente. "Eu comecei, nós dois juntos, eu com 45 anos, agora eu tenho 67 anos. E eu tenho a alegria de ver que todas as sementes que o senhor plantou, que o senhor se comprometeu com o Chico Mendes quando ele ainda era vivo, o senhor agora está colhendo e plantando mais sementes", elogiou.

Na visão dela, a COP30 é o lugar para o governo dizer o Brasil vai fazer a sua parte desacelerando o desmatamento. "E o mundo precisa fazer a sua parte reduzindo a emissão de carbono, de petróleo e gás."

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Por fim, ela defendeu que "gosta" quando Lula diz ser preciso sair da dependência do uso de combustível fóssil. "Não é fácil, mas se Deus quiser, nós haveremos de traçar o mapa do caminho".

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