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Xenofobia e descaso: brasileira ficou presa na França por 7 dias

Família da turista quer processar União no Brasil e investigar erro das autoridades estrangeiras

30 abr 2024 - 16h45
(atualizado às 16h51)

Elizabeth Campos Cardoso, de 55 anos, desembarcou em Cuiabá na madrugada deste domingo (28) após ficar presa durante 7 dias em Paris, França. As autoridades locais não permitiam que a brasileira saísse do aeroporto porque seu nome estava em uma lista da Interpol por um passaporte furtado ou extraviado em agosto de 2023, em Portugal. Cardoso, entretanto, disse que nunca viajou ao país.

Turista brasileira volta a Cuiabá após ficar sete dias presa em Paris
Turista brasileira volta a Cuiabá após ficar sete dias presa em Paris
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Em entrevista ao g1, ela explicou que a situação foi ainda mais difícil porque ela não fala francês. "Estou muito traumatizada. Por um curto período de tempo eles trouxeram uma intérprete não brasileira, mas sim de Portugal, aí eu consegui entender um pouco. Era um ambiente terrível, fui tratada como criminosa. Eu nunca fiz nada de errado. Foi um erro deles e nada foi feito por mim. Foi minha família que lutou por mim", disse.

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Segundo seus familiares, a mulher havia viajado a Paris para se encontrar com amigos da Igreja durante dois dias. Porém, quando desembarcou no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, foi barrada pela polícia. Nos próximos sete dias, ficou hospedada em um prédio da Cruz Vermelha.

Elizabeth precisou participar de uma audiência com uma juíza francesa, que afirmou que ela precisaria apresentar um boletim de ocorrência pelo seu passaporte roubado."Eu nunca perdi o meu passaporte, ele é original. Como eu iria apresentar um boletim de ocorrência que eu nunca fiz e ainda do passaporte que iria usar para viajar?", contou.

Sua família contratou um advogado para processar a União no Brasil, pois considera que a turista foi negligenciada pelo consulado brasileiro. Pessoas próximas a Elizabeth alegam que o Consulado Brasileiro na França não deu o apoio necessário.

Em seguida, a família da mulher compartilhou que irá contratar um advogado de fora do país para retratar o erro da Interpol e do governo francês.

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