Em meio às negociações para um possível cessar-fogo na Ucrânia, que envolvem Estados Unidos, Ucrânia e Rússia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participou de uma reunião na Casa Branca, nesta segunda-feira, 18, usando um terno e camisa social pretos. A escolha da roupa chamou atenção, já que, em encontros anteriores, ele havia sido criticado por Donald Trump por não vestir "trajes apropriados".
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Em fevereiro, Zelensky compareceu à Casa Branca com um uniforme de combate preto. Na ocasião, Trump ironizou dizendo que ele estava "todo arrumado".
O assunto voltou à tona quando o repórter Brian Glenn, aliado de Trump, questionou Zelensky sobre a ausência de terno, classificando a escolha como ofensiva. O presidente ucraniano respondeu: "Vou usar a roupa quando a guerra terminar". A cena viralizou nas redes sociais e o encontro terminou em uma discussão acalorada.
Diante do episódio, antes da reunião desta segunda-feira, a Casa Branca chegou a perguntar a autoridades ucranianas se Zelensky usaria terno, segundo o site americano Axios.
Diferente da última visita, desta vez o líder ucraniano optou por um traje formal. Glenn, que o havia criticado, elogiou: disse que Zelensky estava "fabuloso no terno". Trump apoiou o comentário: "Eu disse exatamente a mesma coisa".
O encontro tem como pauta principal as negociações para encerrar a guerra que já dura desde 2022 e reúne sete líderes europeus ao lado de Zelensky: Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia).
Segundo diplomatas ouvidos pela agência alemã Deutsche Welle, alguns desses líderes -- como Meloni, Stubb e Rutte --foram convidados também para acalmar os ânimos caso Trump voltasse a atacar Zelesky verbalmente.
A reunião ocorre três dias após o encontro de Trump com o presidente russo Vladimir Putin, no Alasca. Na ocasião, Trump afirmou que não houve acordo para um cessar-fogo, mas disse que houve avanços nas discussões.