Todos os cardeais devem beijar os pés do novo papa em um voto de obediência, rito realizado após ele ser conduzido à Sala das Lágrimas, e antes do anúncio oficial do "Habemus papam".
No momento em que um novo papa é eleito, o mundo volta os olhos para o Vaticano, acompanhando cada detalhe da transição de poder.
Entre os muitos rituais que marcam esse evento histórico, um gesto chama atenção por sua força simbólica: o voto de obediência prestado pelos cardeais ao novo pontífice, que inclui, tradicionalmente, o beijo em seus pés.
Mas o que está por trás desse ato tão carregado de significado? Neste artigo, exploramos a origem, o sentido e a importância dessa cerimônia que reafirma a hierarquia e a unidade dentro da Igreja Católica.
O que é o voto de obediência?
O voto de obediência é um dos vários ritos que sucedem a eleição do novo papa. Em um ato de respeito, todos os 133 cardeais precisam beijar os pés do novo líder da Igreja Católica.
O rito acontece logo depois de o novo papa ser conduzido à Sala das Lágrimas, onde troca seu traje por uma batina própria. Lá, ele entra como cardeal e sai como Santo Padre.
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O que acontece depois do voto de obediência?
Depois do voto de obediência, o Cardeal Protodiácono anuncia a eleição do novo papa, pronunciando o tradicional "Habemus papam" na sacada da Basílica de São Pedro. Ele então é apresentado e dá sua primeira bênção como pontífice.
Um papa é eleito ao obter ao menos 89 votos, o equivalente a dois terços do Colégio Cardinalício - o que aconteceu às 13h07 desta quinta-feira, 8.
Após a definição, o camerlengo (cardeal da Igreja Católica que assume a liderança da Santa Sé) pede o consentimento do novo pontífice, que, por sua vez, informa o nome pelo qual deseja a passar ser conhecido.