Trump diz que dias de Maduro na Venezuela 'estão contados'

Maduro afirma que Washington usa o combate às drogas como pretexto para 'impor uma mudança de regime' em Caracas e se apoderar do petróleo venezuelano

3 nov 2025 - 08h22
Resumo
Donald Trump afirmou que os dias de Nicolás Maduro no poder estão contados, enquanto Maduro acusa os EUA de usarem o combate às drogas como justificativa para intervenção e controle do petróleo venezuelano.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo, 2, que acredita que os dias de Nicolás Maduro à frente do governo da Venezuela "estão contados", mas minimizou o risco de uma guerra contra o país vizinho.

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Em entrevista ao programa 60 Minutes, da emissora CBS, Trump foi questionado sobre a possibilidade de um conflito armado. "Duvido. Não acredito", respondeu. No entanto, ao ser perguntado se o fim da ditadura de Maduro estaria próximo, afirmou: "Diria que sim. Acho que sim".

As declarações ocorrem em meio ao envio de tropas e navios norte-americanos ao Caribe. Segundo Washington, as operações têm como objetivo combater o tráfico de drogas, mas já resultaram em dezenas de mortes.

Donald Trump, em entrevista ao 60 Minutes
Donald Trump, em entrevista ao 60 Minutes
Foto: Reprodução/Youtube 60 Minutes

Nas últimas semanas, ao menos 65 pessoas morreram em mais de 15 ataques dos EUA contra supostas embarcações de narcotráfico no Caribe e no Pacífico, o mais recente no sábado, 1º.

Maduro, acusado de narcotráfico pela Justiça americana, afirma que os Estados Unidos utilizam o combate às drogas como pretexto para tentar "impor uma mudança de regime" em Caracas e controlar as reservas de petróleo venezuelanas.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante declaração à imprensa após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em 2023
Foto: io Lula da Silva, no Palácio do Planalto. / Estadão

Especialistas ouvidos pela AFP classificam as ofensivas como possíveis execuções extrajudiciais, ainda que os alvos sejam traficantes conhecidos. O governo americano não apresentou provas de que as embarcações atingidas transportavam drogas ou representavam ameaça aos Estados Unidos./AFP

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