Um surto de dengue e chikungunya em Cuba já causou 44 mortes, sendo 29 de crianças e adolescentes, agravado por crise econômica, falta de higiene e recursos básicos.
Em Cuba, ao menos 44 pessoas morreram, entre elas 29 crianças e adolescentes, após contraírem dengue ou chikungunya. A informação é do Ministério da Saúde local.
Na semana passada, a pasta havia relatado a morte de 33 pessoas, incluindo 21 crianças e adolescentes, em decorrência das arboviroses. Das 11 novas mortes registradas, sete foram em decorrência da chikungunya (sendo seis delas menores de 18 anos) e quatro devido à dengue, duas delas também menores.
A epidemia começou em julho na província de Matanzas, no oeste do país, perto de Havana, e se espalhou incontrolavelmente por todas as 15 províncias da ilha de 9,7 milhões de habitantes. Um surto grave de dengue também teve início na mesma época.
Falta de higiene, acúmulo de lixo e água armazenada em tanques para aliviar a escassez pelo recurso que já afetou cerca três mil cubanos este ano, contribuíram para o agravamento da crise.
Os dois vírus devastam o país que enfrenta sua pior crise econômica em três décadas, marcada pela falta de moeda estrangeira, o que prejudica serviços básicos (incluindo hospitais) e programas de prevenção, como a dedetização, que estão comprometidos pela falta de combustível. /AFP