Reino Unido prevê vida normal até o Natal, mas se prepara para 2ª onda de Covid-19

17 jul 2020 - 08h03
(atualizado às 17h06)

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse esperar que o país possa voltar à normalidade antes do Natal e apresentou um plano de flexibilização gradual das medidas de isolamento, mas alertou que, embora torça pelo melhor, a nação também deve se preparar para o pior.

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante sessão do Parlamento em Londres
15/07/2020 TV do Parlamento/Reuters TV via REUTERS
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante sessão do Parlamento em Londres 15/07/2020 TV do Parlamento/Reuters TV via REUTERS
Foto: Reuters

O número de 45 mil mortos por casos confirmados de Covid-19 no Reino Unido é o mais alto da Europa, mas o país começou a abandonar medidas de isolamento à medida que a quantidade de casos e os índices de infecção diminuíram.

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Johnson estabeleceu o cronograma de relaxamento mais recente nesta sexta-feira, dizendo que os empregadores terão mais liberdade para determinar as regras para o trabalho em casa, que a segurança de grandes aglomerações será avaliada e que as regras de distanciamento social podem ser anuladas a tempo para o Natal.

"É minha esperança forte e sincera que poderemos revisar as restrições remanescentes e permitir uma volta mais significativa à normalidade não antes de novembro - possivelmente a tempo para o Natal", disse.

Mas ele enfatizou que o plano depende do sucesso em manter os índices de infecção baixos, delinear um financiamento adicional para o sistema de saúde e determinar novos poderes para governos municipais isolarem focos de Covid-19.

"Assim teremos certeza de que estamos prontos para o inverno e nos preparando para o pior. Mas mesmo que nos preparemos para o pior, acredito fortemente que também deveríamos torcer pelo melhor", disse ele em uma coletiva de imprensa.

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O governo foi criticado por causa de vários aspectos de sua reação à pandemia, inclusive ter sido lento demais para impor um isolamento e não ter acelerado a capacidade de realizar exames com rapidez suficiente.

O líder opositor Keir Starmer disse que é vital que o plano do premiê seja endossado por especialistas para conquistar a confiança do público: "Isto não pode ser feito cruzando os dedos. Exige um plano crível e uma liderança nacional".

Johnson disse que, a partir de 1º de agosto, descartará a diretriz oficial que incentiva as pessoas a trabalharem em casa para dar aos empregadores o poder de decidir se é seguro ou não os funcionários voltarem a seus postos.

Ele também alterou seu conselho a respeito do transporte público, dizendo às pessoas que agora todos podem usá-lo, embora sejam incentivadas a estudar meios alternativos onde estiverem disponíveis.

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O governo estabeleceu um reforço de caixa equivalente a 3,76 bilhões de dólares para o sistema de saúde estatal que será disponibilizado de imediato, e permitiu o uso de hospitais particulares e hospitais de campanha temporários para amenizar a sobrecarga do inverno.

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