Primeiro-ministro palestino Mustafa forma gabinete e pede cessar-fogo imediato em Gaza

28 mar 2024 - 12h09

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, formou nesta quinta-feira um novo gabinete, no qual também atuará como ministro das Relações Exteriores, tendo como prioridade máxima o cessar-fogo imediato e a retirada israelense de Gaza, informou a agência de notícias palestina WAFA.

Mustafa, um aliado do presidente Mahmoud Abbas e uma figura importante do mundo dos negócios, foi nomeado primeiro-ministro este mês com responsabilidade de ajudar a reformar a Autoridade Palestina (AP), que exerce um governo autônomo limitado na Cisjordânia ocupada por Israel.

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Ele também foi designado para liderar o socorro e a reconstrução de Gaza, que foi devastada por mais de cinco meses de guerra, ao mesmo tempo em que desempenha a função dupla de ministro das Relações Exteriores, substituindo Riyad al-Maliki, que ocupava o cargo desde 2009.

Abbas, que, como presidente, continua sendo de longe a autoridade mais poderosa da AP, nomeou o novo governo em uma demonstração de disposição para atender às exigências internacionais de mudança na administração.

Ele aprovou o gabinete de Mustafa com o especialista em finanças Omar al- Bitar como ministro das Finanças e Muhamad al Amour, que foi presidente da Associação de Empresários Palestinos, como ministro da Economia, mas manteve Ziad Hab al-Reeh, ex-chefe da agência de inteligência interna da AP, como ministro do Interior, disse a WAFA.

O novo gabinete também incluirá um ministro de Estado para "assuntos de assistência".

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Mustafa disse em uma declaração do gabinete dirigida a Abbas que a prioridade nacional é um cessar-fogo imediato em Gaza e uma retirada israelense completa do enclave, além de permitir que a ajuda humanitária entre em grandes quantidades e chegue a todas as áreas, informou a WAFA.

A AP, controlada pela facção política Fatah de Abbas, há muito tempo tem uma relação tensa com o Hamas, o movimento islâmico que governa Gaza, e as duas facções travaram uma breve guerra antes de o Fatah ser expulso do território em 2007.

No entanto, condenou repetidamente a invasão israelense da Faixa após o ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de Outubro, e tem insistido que deve desempenhar um papel na gestão de Gaza após a guerra.

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