Preso nos EUA há 24 anos, Chico Forti chega à Itália

Ex-surfista e produtor foi recebido pela premiê Giorgia Meloni

18 mai 2024 - 10h03
(atualizado às 10h06)

Após 24 anos preso nos Estados Unidos, Enrico "Chico" Forti, ex-surfista e produtor de filmes, desembarcou na Itália neste sábado (18). A transferência para que ele cumpra pena em seu país foi fruto de um esforço do governo italiano.

    O trentino de 65 anos está preso desde 1998. Ele foi condenado à prisão perpétua por assassinato na Flórida em 2000, mas os defensores alegam que houve claras violações no processo, como ele ser ouvido sem a presença de um advogado e sem a notificação da Embaixada da Itália.

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    Enrico Forti se mudou para Miami na década de 90, constituiu família e começou a investir em imóveis e outros negócios.

    Na noite de 15 de fevereiro de 1998, porém, ele foi acusado do assassinato de Dale Pike, filho do dono de uma boate que ele estava comprando. As investigações e a própria decisão de condenar à prisão perpétua apresentam muitas dúvidas e o italiano sempre alegou ter sido vítima de um complô.

    O avião com Forti a bordo pousou no Lazio com a presença da primeira-ministra, Giorgia Meloni. Ele será levado para a prisão romana de Rebibbia e, posteriormente, transferido para o cárcere de Montorio, em Verona.

    O advogado italiano de Forti, Carlo Della Vedova, disse que pedirá autorização para que ele possa visitar a mãe, que tem 96 anos e não pode se deslocar. Loner Forti vive no Trento e não vê o filho há 10 anos.

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    "A transferência de Forti para a Itália é a conclusão de todos os procedimentos judiciais iniciados perante as autoridades dos EUA. Falei com Forti pela última vez na segunda-feira [13], ele estava um pouco ansioso. Agradecemos a todas as autoridades italianas e americanas que acompanharam o caso dele", disse o representante legal.

    "Orgulhosa do trabalho do governo italiano. Quero agradecer novamente à diplomacia italiana e às autoridades dos Estados Unidos pela sua colaboração", celebrou Meloni, nas redes sociais.

    O ministro da Justiça, Carlo Nordio, também comemorou a operação: "É dia de alegria e satisfação para todo o país. Um extraordinário marco político e diplomático, fruto de intensa e proveitosa colaboração institucional em todos os níveis".

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