Um grupo de pesquisadores encontrou no Parque Arqueológico de Pompeia, na Itália, a evidência mais clara até o momento de como os construtores elaboravam o famoso e durável cimento romano, que revolucionou as edificações da Roma Antiga.
De acordo com especialistas italianos e estrangeiros, entre eles pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, os responsáveis pelas obras na época empregavam uma técnica de "mistura a quente" que aprisionava fragmentos de cal reativa no material.
Os estudiosos coletaram amostras de montes de matérias-primas misturadas a seco de uma parede de uma construção na Regio IX, uma área localizada na parte central do sítio arqueológico. Eles encontraram evidências de que os romanos moíam cal viva e a misturavam a seco com pozolana antes de adicionar água diretamente no local.
A contribuição de Pompeia é considerada especialmente relevante porque o parque preserva ferramentas, pilhas de matérias-primas e paredes de múltiplas fases dentro de uma mesma área de trabalho.
Além disso, a capacidade de autorreparação do material, possibilitada pela abordagem de mistura a quente e pelos componentes vulcânicos reativos, abre caminho para materiais mais duráveis e para técnicas de restauração mais eficazes e sustentáveis. .