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Papa Francisco visita Veneza e diz que seu trabalho não é fácil

28 abr 2024 - 14h03

O papa Francisco fez sua primeira viagem para além de Roma em sete meses neste domingo, com uma visita a Veneza que contou com ida a uma exposição de arte, uma prisão e uma missa, e o pontífice de 87 anos reconheceu que a vida tem sido difícil.

Prejudicado por recentes crises de saúde, o papa leu três discursos e uma homilia durante sua estadia de cinco horas, movendo-se pela cidade em cadeira de rodas, carrinho de golfe e lancha motorizada.

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Embora ele parecesse bem e com a voz clara, Francisco também fez um raro reconhecimento das dificuldades do trabalho.

"Por favor, rezem por mim porque este trabalho não é fácil", disse ele a milhares de fiéis reunidos na Praça de São Marcos.

Ele começou o dia voando de helicóptero até uma prisão feminina onde o Vaticano montou uma exposição que faz parte da Bienal de Veneza - uma prestigiada mostra de arte internacional que nunca foi visitada por um papa antes.

A decisão incomum de abrigar o pavilhão da Santa Sé numa prisão destaca os repetidos apelos de Francisco para que a sociedade se una em torno dos pobres e negligenciados, incluindo as populações carcerárias.

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"A prisão é uma dura realidade e problemas como a superlotação, a falta de instalações e recursos e os episódios de violência dão origem a muito sofrimento. Mas também pode se tornar um lugar de renascimento moral e material", disse ele diante de presidiárias e guardas penitenciários neste domingo.

"Não esqueçamos que todos temos erros a perdoar e feridas a curar", disse, antes de conhecer alguns dos artistas que organizaram a exposição intitulada "Através dos Meus Olhos".

Francisco dirigiu-se então a um grupo de jovens venezianos em frente à basílica de Santa Maria della Salute, pedindo a eles para que não passem a vida colados aos seus smartphones, mas sim ajudem os outros.

"Se sempre nos concentrarmos em nós mesmos, nas nossas necessidades e no que nos falta, sempre voltaremos ao ponto de partida, chorando por nós mesmos com a cara triste", disse ele.

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PONTE FLUTUANTE

A visita a Veneza foi a primeira viagem do papa para além de Roma desde uma breve viagem à França em setembro passado. Ele deveria ir aos Emirados Árabes Unidos em dezembro, mas desistiu após contrair uma gripe e retirou-se inesperadamente de uma procissão da Sexta-Feira Santa em março "para preservar sua saúde".

Uma dolorosa doença no joelho torna difícil o ato de andar e, neste domingo, ele usou regularmente uma cadeira de rodas, com o canal de notícias do Vaticano cortando a imagem sempre que ele recebia ajuda para se sentar em uma cadeira para fazer um discurso ou em seu carrinho de golfe branco.

Para permitir que o papa chegasse com facilidade à Praça de São Marcos, no coração de Veneza, os trabalhadores ergueram uma ponte flutuante sobre o Grande Canal, pela qual ele foi conduzido, observado por centenas de espectadores em terra, em barcos e gôndolas.

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