Papa manifesta apoio a cristãos perseguidos no Oriente Médio

Em encontro na Turquia com o líder da Igreja Ortodoxa, patriarca Bartolomeu, ambos condenaram a violência do grupo jihadista Estado Islâmico

30 nov 2014 - 10h00
(atualizado às 11h28)
Em Istambul, na Turquia, o papa Francisco e o patriarca ortodoxo Bartolomeu condenaram as ameças de jihadistas a cristãos no Iraque e na Síria
Em Istambul, na Turquia, o papa Francisco e o patriarca ortodoxo Bartolomeu condenaram as ameças de jihadistas a cristãos no Iraque e na Síria
Foto: Filippo Monteforte / AFP

O papa Francisco e o patriarca ortodoxo Bartolomeu manifestaram apoio neste domingo na Turquia aos cristãos que estão sob a ameaça dos jihadistas no Iraque e na Síria, ao mesmo tempo que afirmaram que não é possível existir um Oriente Médio sem cristãos.

"Não podemos nos resignarmos a um Oriente Médio sem cristãos, que têm professado o nome Jesus na região durante dois mil anos", afirmaram o papa e Bartolomeu, a principal liderança ortodoxa, em uma declaração comum assinada durante a visita de Francisco a Turquia.

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Em uma referência à violência do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, alertaram que os cristãos estão sendo perseguidos e expulsos de suas casas.

"A terrível situação dos cristãos no Oriente Médio não requer apenas oração, e sim a resposta apropriada da comunidade internacional", destacaram.

Os dois líderes religiosos defenderam um diálogo construtivo com o Islã, "baseado no respeito e na amizade".

Também neste domingo, o papa Francisco condenou os ataques de sexta-feira contra uma mesquita da região norte da Nigéria, que chamou de "pecado extremamente grave contra Deus".

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"Penso com profunda dor em todas as vítimas deste atentado insensato e desumano que atingiu os fiéis muçulmanos", disse o pontífice em um discurso em Istambul, depois de acompanhar uma "divina liturgia" do patriarca ortodoxo Bartolomeu I.

Pelo menos 120 pessoas morreram e 270 ficaram feridas em vários ataques simultâneos durante a oração de sexta-feira na Grande Mesquita da cidade de Kano.

Nenhum grupo reivindicou o atentado, mas as autoridades nigerianas atribuíram aos jihadistas do grupo Boko Haram, que há cinco anos lideram uma insurreição armada na região norte da Nigéria, de maioria muçulmana.

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