Israel recusa compromisso com EUA de não atacar Irã, diz jornal

6 nov 2011 - 08h41
(atualizado às 09h43)

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, deixou Israel no mês passado sem um compromisso de que o Estado judaico não fará um ataque contra o Irã sem a coordenação de Washington, informa neste domingo o jornal

Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu participou, neste domingo, da reunião semanal em seu gabinete, em Jerusalém
Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu participou, neste domingo, da reunião semanal em seu gabinete, em Jerusalém
Foto: Reuters
Haaretz

, que cita fontes oficiais americanas.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa do país, Ehud Barak, responderam apenas de forma vaga e genérica às perguntas de Panetta sobre as intenções de Tel Aviv a respeito do Irã. Netanyahu e Barak lideram a campanha no seio do Executivo em favor de um bombardeio relâmpago contra instalações nucleares iranianas, com ou sem o aval dos Estados Unidos, segundo a imprensa local.

Panetta enfatizou a importância de coordenar qualquer resposta ao programa nuclear de Teerã e insinuou que a Casa Branca não quer ser surpreendida por Israel em um assunto tão delicado. O secretário de Defesa americano viajou ao Estado judaico no início de outubro, quando o Governo do presidente Barack Obama chegou à conclusão de que já não entendia mais a posição de Israel em relação ao programa nuclear iraniano.

Esta incerteza derivava de uma considerável redução dos pronunciamentos de Israel sobre o tema, tanto públicos como através dos canais diplomáticos e de defesa.

A informação deste domingo surge em meio a um intenso debate sobre a iminência de um ataque ao Irã. As especulações aumentaram nesta semana após Israel testar com sucesso o lançamento de um míssil balístico de 6 mil quilômetros de alcance e possibilidade de abrigar uma ogiva nuclear.

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Uma pesquisa publicada nesta semana pelo Haaretz revela uma notável divisão na opinião pública israelense sobre a conveniência de um ataque que poderia despertar tensões em todo o Oriente Médio. Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados apoiam a ideia, enquanto 39% se opõem e 20% se mostraram indecisos.

  
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