França começará bombardeios na Síria "nas próximas semanas"

16 set 2015 - 07h41
(atualizado às 07h58)

As Forças Armadas francesas começarão a bombardear alvos do Estado Islâmico (EI) na Síria "nas próximas semanas", após compilar uma maior quantidade de informação, anunciou nesta quarta-feira (16) o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian.

O ministro francês de Defesa, Jean-Yves Le Drian, prometeu pulso firme nos bombardeios à Síria
O ministro francês de Defesa, Jean-Yves Le Drian, prometeu pulso firme nos bombardeios à Síria
Foto: Reprodução

"(Os ataques) começarão nas próximas semanas, quando teremos alvos bem identificados que nos permitam realizar os bombardeios que façam frente ao inimigo, o Estado Islâmico", disse o ministro em entrevista na emissora "France Inter".

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Le Drian concretizou que os aviões franceses ainda estão em processo de adquirir a informação que permita eventualmente lançar ataques e tomar de forma autônoma as decisões.

"Nosso inimigo é o EI. (O presidente sírio) Bashar al Assad é o inimigo de seu povo", lembrou o titular da Defesa para justificar que os bombardeios sobre a organização terrorista tenham agora também como alvo a Síria, após terem começado no Iraque.

Em 7 de setembro, o presidente da França, François Hollande, anunciou o começo de voos de reconhecimento franceses sobre a Síria antes de uma eventual intervenção aérea.

Le Drian explicou que o Exército francês "está cooperando" com o americano (que já bombardeia posições do EI na Síria), ao mesmo tempo que reconheceu que não existe nenhum tipo de aprovação implícita do regime de Assad para estes voos.

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Para o ministro, a situação na Síria "mudou", já que "há alguns meses, o EI estendeu sua presença sobre Aleppo mas também sobre o eixo entre Damasco e Homs", o que ameaça também agora o vizinho Líbano.

Por isso, a França decide agora atacar o EI no terreno, uma vez que esta organização "forma ali combatentes cuja missão será atacar na França" e que se transforma em uma ameaça direta sobre a segurança nacional.

Le Drian insistiu que "ninguém está propondo o envio de tropas no terreno", e que a proposta lançada ontem no parlamento pelo primeiro-ministro, Manuel Valls, de apoiar uma possível força regional contra o EI, não implicaria mandar infantaria à Síria, mas poderia ser feito desde o ar.

  
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