Cidade do Cairo amanhece tranquila após conflitos matarem 5

6 dez 2012 - 06h00
(atualizado às 08h01)

Pelo menos cinco pessoas morreram e 446 ficaram feridas nos choques iniciados nesta quarta-feira entre partidários e oposicionistas do presidente do Egito, Mohammed Mursi, nas imediações do Palácio Presidencial, no Cairo, onde o ambiente é de calma no dia de hoje. O chefe do departamento de Ambulâncias do Ministério da Saúde, Mohammed Sultão, citado pela televisão egípcia, informou que as vítimas morreram por disparos de arma de fogo.

Apoiadores do presidente egípcio Mohamed Mursi acordam após terem dormido nos trilhos de um trem, no Cairo
Apoiadores do presidente egípcio Mohamed Mursi acordam após terem dormido nos trilhos de um trem, no Cairo
Foto: AFP

Por sua parte, fontes dos serviços de segurança elevaram o número de mortos a seis: cinco opositores e um seguidor do presidente. Uma fonte do Ministério do Interior acrescentou que 35 policiais ficaram feridos durante os distúrbios.

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A agência de notícias estatal Mena disse que os manifestantes pró Mursi formaram comitês populares para proteger os acessos ao palácio e evitar a aproximação dos manifestantes, que se concentram na praça Rosy, localizado nas proximidades. Além disso, a Irmandade Muçulmana informou em seu site que vários tanques da Guarda Presidencial voltaram aos arredores do palácio para garantir a segurança do local.

Os enfrentamentos se iniciaram ontem quando partidários da Irmandade Muçulmana, grupo no qual Mursi militava antes de se transformar em chefe de Estado, foram até o palácio presidencial, onde opositores governo estavam reunidos, para expressar seu apoio ao líder. A Irmandade pediu ontem à noite a seus seguidores que se retirassem dos arredores do palácio.

A tensão entre as distintas forças egípcias aumentou desde que Mursi, há duas semanas, anunciou um decreto que aumentava seus poderes diante do judiciário e convocou um referendo sobre a nova Constituição para o dia 15 de dezembro. Ontem à noite, três conselheiros do presidente anunciaram sua demissão por suas divergências com as últimas decisões do líder, assim como o secretário-geral do Comitê Supremo do plebiscito Constitucional, Zaglul al Balshi, encarregado de supervisionar o referendo.

  
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