Netanyahu acusa premiê australiano de fomentar o antissemitismo

14 dez 2025 - 13h27

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou o ataque a tiros fatal durante uma celebração judaica em Sydney neste domingo e disse ter alertado seu homólogo australiano de que o apoio do país à criação de um Estado palestino alimentaria o antissemitismo.

Homens armados abriram fogo durante um evento que marcava a primeira noite de Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, matando pelo menos 11 pessoas no que as autoridades australianas descreveram como um ataque antissemita direcionado. Um dos suspeitos de ser o atirador também foi morto.

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Netanyahu afirmou que o ataque foi um "assassinato a sangue frio".

Ele acrescentou que, em agosto, havia dito ao primeiro-ministro Anthony Albanese, em uma carta, que as políticas do governo australiano estavam promovendo e incentivando o antissemitismo na Austrália.

"Escrevi: 'seu apelo por um Estado palestino alimenta o fogo antissemita. Recompensa os terroristas do Hamas. Encoraja aqueles que ameaçam os judeus australianos e incentiva o ódio aos judeus que agora assola suas ruas'", disse Netanyahu em um discurso.

Albanese afirmou em 11 de agosto que a Austrália reconheceria um Estado palestino na Assembleia Geral da ONU em setembro, uma medida que seguiu anúncios semelhantes da França, Reino Unido e Canadá.

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Em seu discurso, Netanyahu acusou o governo de Albanese de "não fazer nada para impedir a disseminação do antissemitismo na Austrália".

"Vocês deixaram a doença se espalhar e o resultado são os ataques horríveis contra judeus que vimos hoje", acrescentou.

Albanese convocou uma reunião do conselho de segurança nacional do país neste domingo e condenou o ataque, afirmando que a maldade desencadeada era "incompreensível".

"Este é um ataque direcionado contra judeus australianos no primeiro dia de Hanukkah, que deveria ser um dia de alegria, uma celebração da fé", disse ele.

Os ataques a tiros de domingo foram os mais graves de uma série de ataques antissemitas contra sinagogas, edifícios e carros na Austrália desde o início da guerra de Israel em Gaza, em outubro de 2023.

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